Namorados desde novembro, os colegas de classe Gabriela Schmidt e Marcio Saurin, ambos de 17 anos, já aprenderam a driblar os inspetores da escola onde cursam o 3º ano do ensino médio para dar um beijo "selinho” de vez em quando. No Dante Alighieri, nos Jardins, onde estudam, casais podem ficar de mãos dadas, mas devem evitar outras demonstrações de carinho mais ousadas.
Os orientadores educacionais afirmam ver o namoro como algo natural na adolescência e dizem tentar estabelecer um limite que não atrapalhe o funcionamento da escola e não gere constrangimento. “Nós explicamos a diferença entre o público e o privado e que é preciso respeito ao coletivo”, diz a orientadora educacional Maria América Cabral, que trabalha com cerca de 800 alunos do Colégio Visconde de Porto Seguro, no Morumbi, Zona Sul.
Já no Bandeirantes, alunos de 5ª a 8ª série têm uma aula por semana da disciplina que aborda temas como o namoro, o ficar, orientação sexual e drogas.

Sebastião e a mulher Ivanilde com quem é casado há 18 anos (Foto: Arquivo pessoal)
Um namoro de escola acabou em casamento que já dura 18 anos para o casal Sebastião e Ivanilde de Souza, de 46 e 42 anos, respectivamente. O eletricista Sebastião conheceu a atual mulher quando tinha 18 anos e resolveu voltar a estudar, na 5ª série, por insistência da então noiva. Durante quatro anos eles se conheceram, segundo conta Sebastião. No final da 8ª série, acabou o noivado e passou a namorar Ivanilde. Sete anos depois se casaram e hoje têm dois filhos, uma moça de 17 anos e um garoto de 8 anos.
Sebastião diz que na sua época não podia namorar na escola particular que ele e a mulher estudavam em Mauá, no ABC. Hoje ele defende que o namoro seja permitido, inclusive com beijo e mão dada na hora do intervalo e diz que só o “agarra-agarra” deveria ser proibido, porque o fato de não poder só estimula os jovens. “Tudo o que é proibido é mais gostoso aí eles acabam fazendo escondido”, diz.
Quando a filha tinha 12 anos começou a namorar na escola com um menino de 11 anos, mas a história não se repetiu. “Era um namorico de criança, acabou logo. O meu não, tem mais cem anos para frente”, brinca ele.
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COMENTÁRIO
“As escolas que proíbem muito levam os alunos a transgredirem.” Quando este rapaz afirmou isto, demonstra uma realidade do nosso cotidiano, os jovens querem se satisfazer, sem se importarem com as regras e normas sociais. Eu tenho uma namorada (o) e quero ficar namorando e beijando dentro da escola, se não me deixarem, faço de qualquer forma. A crença que tudo que é proíbido é mais gostoso é uma inversão de valores, pois é o espírito que sente prazer em fazer aquilo que não está certo.
"918.Por que sinais se pode reconhecer no homem o progresso real que deve elevar o seu Espírito na hierarquia espírita?
- O Espírito prova a sua elevação quando todos os atos da sua vida corpórea constituem a prática da lei de Deus e quando compreende por antecipação a vida espiritual." O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.
Como podem praticar a lei de Deus, se não aceitam uma simples norma de uma escola que lhes dificulte a satisfação pessoal? E não se pode dizer que o fazem porque são jovens e estão começando a aprender sobre a vida, porque eles tem a exata compreensão das razões das normas estabelecidas pelo colégio, como disse o jovem: “Não acho legal, mas se eu fosse pai não gostaria de ver um casal se agarrando perto do meu filho”, mesmo assim se agarra perto do filho dos outros, porque a satisfação pessoal está ainda, acima de qualquer coisa.
Não é uma questão de proibir o namoro, mas de proporcionar ao jovem a educação para a boa convivência social. Se a escola acha que deva restringir as demonstrações de afetividade entre os alunos, estes devem aprender a respeitar as regras do meio em que estão inseridos.
Se desejarem um namoro mais quente, que o façam fora do colégio ou mudem de escola. O difícil será convencer os pais do motivo para a mudança de escola.
(Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de atendimento fraterno e notícias.)
A Minha escola proibe, mas a diretora, a coordenadora, a supervisora e os professores sabem do meu namoro. só durante as aulas q nada acontece, nem dar a mão, apenas na entrada,saída e intervalos
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