segunda-feira, 29 de junho de 2015

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970

Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

A003 – Prolegômenos - 1ª parte

Prolegômenos

“Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das potências da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até então Inexplicados ou mal explicados e que não encontram explicação racional se-não no Espiritismo. “As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os «maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos “sucumbir e assemelhar-nos a eles.” “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec. Introdução, página 23, da 28ª Edição da FEB. — Nota do Autor espiritual.

Os modernos pesquisadores da mente encarnada, fascinados pelas experiências de Laboratório, surpreendem, paulatinamente, as realidades do Mundo extrafísico. Ligados, porém, aos velhos preconceitos científicos, denominam a faculdade através da qual veiculam tais fatos pelo nome genérico de “psi”. O “psi” é uma designação que da elasticidade quase infinita aos recursos plásticos da mente, tais como conhecimento do passado (telepatia), ou acontecimentos que tiveram lugar anteriormente e se encontram gravados nas mentes de outras pessoas; conhecimento de ocorrências no mundo exterior (clarividência), sem o contacto com impressões sensoriais; e percepção do futuro (presciência).

Em princípio, os recursos valiosos da mente, nas experiências de transposição dos sentidos, fenômenos de profetismo e lucidez, demonstrações de insensibilidade táctil, nas alucinações, polarizações e despolarizações psíquicas, realizadas em epilépticos e histéricos hipnotizados, ensejavam conclusões apressadas que pareciam confirmar as características do “psi”.

Comprovou-se mui facilmente, através da sugestão hipnológica, que se pode impressionar um percipiente a fim de que o mesmo assuma personificações parasitárias momentaneamente, representando vultos da História ou simples pessoas da plebe...

Considerando-se, todavia, em outras experiências, os fenômenos intelectuais, como nos casos de xenoglossia e glossolalia, especialmente entre crianças de tenra idade, ou naqueles de ordem física, tais como a pneumografia, o metafonismo, a telecinesia, a teleplasmia e os diversos fenômenos dentro da metergia, constata-se não haver elasticidade que se ofereça à mente encarnada que os possa elucidar, senão através da aceitação tácita de uma força externa inteligente, com vontade própria, que atua no sensitivo, a este conferindo tais possibilidades.

Estudiosos do assunto, no passado, tais como William James, acreditaram que todos vivemos mergulhados numa «corrente de consciência cósmica», enquanto Henrique Bergson supunha que «a mente possui um conhecimento de tudo, em qualquer lugar, sem limitação de tempo ou de espaço», dando ao cérebro a função de velador de tal conhecimento.

Enquanto tais fenômenos se demoram sem explicação definitiva, a sobrevivência do Espírito após a morte do corpo não encontra aceitação pelas Academias; distúrbios mentais de vária ordem aprisionam multidões em cárceres estreitos e sombrios, povoados pelos fantasmas da loucura, reduzindo o homem à condição primitiva do passado...

Muito embora os desvarios da razão estejam presentes nos fastos de todos os tempos, jamais, como na atualidade, o homem se sentiu tão perturbado.

Tratadistas estudiosos dos problemas psico-sociológicos do presente atribuem grande parte dos distúrbios mentais à “tensão” das horas em que se vive, elevando, cada dia, o número dos desarranjados psiquicamente e aturdidos da emoção.

Naturalmente que, além desses, afirmam os de procedência fisiológica, da hereditariedade, de vírus e germens, as sequelas da epilepsia, da tuberculose, das febres reumáticas, da sífilis, os traumatismos e choques que se encarregam de contribuir larga e amplamente para a loucura. Fatores outros predisponentes a que também se referem não podem ser relegados a plano secundário. Todavia, além desses, que dão origem a psicoses e neuroses lamentáveis, outros há que somente podem ser explicados pela Doutrina Espírita, no Capítulo das Obsessões estudadas carinhosamente por Allan Kardec.

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – Os fenômenos “psi”, estudados pelas ciências psíquicas, ligam-se a recursos plásticos da mente; para a doutrina espírita, do espírito, e podem ser chamados fenômenos anímicos. Quais são estes recursos citados pelo autor? E que experiências os podem comprovar?

2 – Todavia, conforme Manoel Philomeno afirma, apenas a hipótese dos fenômenos psi não é suficiente para explicar toda a variedade de manifestações conhecidas. Que manifestações são essas e a que evidências nos levam para podermos descartar os fenômenos psi?

3 – Estudiosos afirmam que dentre as causas que conduzem às doenças psiquiátricas estão a tensão da sociedade moderna, a hereditariedade, infecções e traumatismos. Todavia, há outras causas ignoradas pela Ciência atual. Que causas são estas? E por que somente o Espiritismo as pode explicar?

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