terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – CONCLUSÃO - A024 – Cap. 9 – Reencontro com o passado – Segunda Parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

A024 – Cap. 9 – Reencontro com o passado – Segunda Parte

CONCLUSÃO

QUESTÕES PARA ESTUDO

 

1 – O grupo de desencarnados desloca-se em busca de Henriette, encontrando-a em um leprosário. Hoje, estas instituições foram abolidas, primeiro como consequência da cura da doença e segundo porque afrontam os princípios legais de dignidade da pessoa humana. Segundo o ensino do benfeitor Glaucus, quem eram os pacientes naquele lazareto?

O benfeitor Glaucus afirma que aquele leprosário se assemelhava a um purgatório, porém já na vida material. Reunidos ali, estavam espíritos que na última reencarnação aplicaram mal seus recursos/talentos (conforme ensina a parábola de Jesus), utilizando-os a benefício pessoal em prejuízo do próximo: poderosos que esmagaram os mais fracos, criminosos, ociosos, caluniadores, etc. Ali, estavam, segundo a advertência cristã, presos na prisão da carne enferma para pagarem até o último ceitil de seus crimes.

2 – Segundo o benfeitor Glaucus, apenas o sofrimento propriamente dito não é condição para o progresso da criatura. Que é então o bem sofrer e o mal sofrer?

Jesus nos ensinou que "bem aventurados os aflitos, porque serão consolados." Porém, é fundamental que o espírito aprenda a tirar a boa parte do sofrimento, porquanto a dor somente, pela dor, não é garantia de progresso para a criatura. Bem sofrer é, portanto, o sofrimento que produz crescimento espiritual através da convocação que faz à resignação, paciência, tolerância, fé e esperança. Mal sofrer, por outro lado, é o sofrimento que cega o sujeito, predispondo-o à acusação indébita à Justiça Divina, ao inconformismo e à lamentação.

3 – Conforme temos estudado, o conceito de justiça para Dr. Teofrastus era limitado, pois sua visão apenas enxergava o momentâneo: daí sua revolta perante a condição de Henriette e sobre o que lhe aconteceu na Inquisição. O que o Espiritismo nos ensina sobre Justiça e que podemos utilizar para compreender estas duas situações?

O Espiritismo nos ensina que a vida atual no mundo físico é apenas um elo de uma imensa corrente que se perde no passado. Isto é, o espírito é um viajante que iniciou sua jornada de progresso em um momento desconhecido; no entanto, o passado vem sempre produzindo suas consequências sobre o hoje. Deste modo, a vida atual é reflexo das escolhas que fizemos no passado remoto, ora nos garantindo méritos, ora nos cobrando responsabilidades.

Tanto a condição dolorosa de Henriette, quanto a morte trágica de Dr. Teofratus nas fogueiras da Inquisição guardam suas causas justas em escolhas que ambos fizeram livremente no passado. Há por trás destas aparentes anormalidades a Lei de Causa e Efeito.

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