terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Cada vez mais cães consomem maconha nos EUA

Cada vez mais cães consomem maconha nos EUA

Jaime González
Da BBC em Los Angeles

Nos últimos anos, o uso de maconha para fins medicinais se estendeu rapidamente pelos Estados Unidos. Agora especialistas afirmam que a popularidade da planta está tendo efeitos colaterais em cães.
Veterinários em Estados onde o uso medicinal da maconha é permitido – como Colorado e Califórnia – dizem que estão tratando cada vez mais cães com intoxicação por maconha.
Os especialistas explicam que os animais acabam ingerindo de forma acidental alimentos como biscoitos que contém maconha. Alguns cães acabam comendo diretamente a planta, que é guardada pelos seus donos.
A intoxicação é tratável na maioria dos casos. Os sintomas são falta de coordenação, pupilas dilatadas, vômitos, cansaço, incontinência urinária, mudança no ritmo cardíaco e tremores.
Um estudo divulgado na publicação científica americana Veterinary Emergency and Critical Care concluiu que, entre 2005 e 2010, os casos de cães que precisaram ser tratados no Colorado por ingestão de maconha quadruplicaram.
Uma das autoras do estudo, Elisa Mazzaferro, disse à BBC que o número de intoxicações registradas no Estado cresceu exponencialmente desde a legalização da maconha para uso medicinal.
"Antes, na área de Denver, nós tratávamos anualmente algo como quatro ou cinco cães. Nos últimos anos, os casos aumentaram à medida que eram abertos mais ambulatórios [com maconha medicinal]", disse a especialista.
"Para nos certificarmos de que não se tratava apenas de um fenômeno local, recolhemos informações de diversas partes do Estado e os dados mostraram um aumento significativo no número de cães intoxicados", disse.

Mudança de comportamento
Mazzaferro e seus colegas examinaram os casos de 125 cães que foram tratados em centros veterinários. Dois animais acabaram falecendo devido à intoxicação.
Para Ahna Brutlag, que trabalha para a empresa de serviços de emergência para animais Pet Poison Helpline, o fenômeno não acontece apenas no Colorado.
Ela diz que, nos últimos cinco anos, foi registrado um incremento de 200% no número de consultas sobre animais que ingeriram maconha. Para Brutlag, isso ocorre tanto pelo aumento dos casos, como também por uma mudança de comportamento das pessoas em relação à maconha.
"Um fator-chave foi a legalização da maconha medicinal. Mas o estigma ao redor da planta também está desaparecendo, e os donos dos cães já não têm tanta vergonha de registrar os casos."
Ela recomenda que donos de cães intoxicados deixem o animal em um lugar pouco iluminado, até que passem os efeitos. Os sintomas começam a surgir entre 30 e 60 minutos após a ingestão. Casos mais graves precisam de acompanhamento de um veterinário.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 7 de novembro de 2013.

Raphael Vivacqua Carneiro* comenta
Dois aspectos merecem destaque no estudo publicado pela sociedade americana protetora dos animais Veterinary Emergency and Critical Care: a legalização da maconha e o desleixo que resulta em intoxicações acidentais de animais de estimação.
Nos locais analisados pelo estudo, a maconha foi legalizada apenas para fins medicinais. Isto pressupõe que o seu uso seja racional e restrito. As principais indicações terapêuticas são para reduzir a dor em doenças como glaucoma e esclerose múltipla, e também para conter náusea e vômito provocados pela quimioterapia. Contudo, a maconha possui efeitos colaterais, assim como todo medicamento ou droga, seja lícita ou não. A lista de possíveis efeitos indesejáveis é extensa, incluindo: surtos psicóticos, problemas de memória e aprendizado, sonolência e problemas na coordenação motora, entre vários outros. Estes efeitos certamente favorecem a ocorrência dos acidentes.
Via de regra, todo aquele que possui um animal de estimação nutre afeto por ele e deseja o seu bem-estar. As intoxicações desses animais pela ingestão acidental de drogas certamente é um fato alheio à vontade dos donos. Entretanto, isto ocorre, causando sofrimento e, por vezes, a morte.
Onde não há intenção, não há dolo. Contudo, há sempre um quinhão de responsabilidade quando o mal resulta do desleixo daquele que deveria ser o guardião e provedor de criaturinhas dependentes. Se, em vez de uso medicinal, o desleixo for provocado por uso recreativo da maconha, certamente a responsabilidade pelo mal causado será ainda maior.
Não devemos julgar, porque somos maus juízes. Contudo, temos o dever de estimular a razão e o bom proceder, em todas as ocasiões.

* Raphael Vivacqua Carneiro é engenheiro e mestre em informática. É palestrante espírita e dirigente de grupo mediúnico em Vitória, Espírito Santo. É um dos fundadores do Espiritismo.net.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

 
As Três Revelações (Estudo 5 de 135)
  
-------------------------------------------------------------------
EESE005b - Cap. I - Itens 1 a 7
Tema: As Três Revelações
-------------------------------------------------------------------
A - Questão para estudo e dialogo virtual:
1 - Faça uma paralelo entre as Três Revelações.
 
B - Texto de Apoio:
* Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los: - porquanto, em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto. (S. MATEUS, cap. V, vv. 17 e 18.)
* Na lei moisaica, ha duas partes distintas: a lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moises. Uma e invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.
* Todas as outras são leis que Moises decretou, obrigado que se via a conter, pelo temor, um povo de seu natural turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele de combater arraigados abusos e preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito. Para imprimir autoridade as suas leis, houve de lhes atribuir origem divina, conforme o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos.
* Jesus não veio destruir a lei, isto e, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto e, desenvolve-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adapta-la ao grau de adiantamento dos homens.
* Mas, o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento as profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espirito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não e a que transcorre na Terra e sim a que e vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos. Entretanto, não disse tudo, limitando-se, respeito a muitos pontos, a lançar o gérmen de verdades que, segundo ele próprio o declarou, ainda não podiam ser compreendidas.
* O Espiritismo e a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa sobrenatural, porem, ao contrario, como uma das forcas vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos ate hoje
incompreendidos e, por isso, relegados para o domino do fantástico e do maravilhoso.
* Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porem cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei crista, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrario ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele e, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, a regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra.

 

Frase rápida, reflexão nem tanto...


domingo, 26 de janeiro de 2014

Espero que você seja...

Espero que você seja...

Sereno

Joamar Zanolini Nazareth 
               
Em um mundo onde a pressa e a ansiedade têm conduzido as criaturas a uma correria desenfreada, onde se corre tanto sem saber aonde chegaremos, onde o relógio, em vez de amigo para nos auxiliar na organização de nossos compromissos e realização de planos de vida, se tornou objeto torturante, a nos lembrar ininterruptamente de que o tempo não está sendo suficiente para todos os projetos.

Estamos tentando colocar toda a água do Oceano Atlântico dentro de um copo.

Essa briga contra o tempo, que não temos a mínima chance de vencer, acaba por desgostar e induzir-nos à tristeza, ao desânimo e à depressão. A inconformação e a não aceitação são perigosos agentes a causarem o desalento e a irritação no coração humano.

Angustiar-se e cultivar ansiedade desmedida não solucionarão problema algum. É como o cão que começa a correr atrás da própria cauda; se cansa, se desgasta, quase nunca a alcança, e mesmo nas raras vezes em que consegue mordê-la, se decepciona, porque nada de bom sente com isso, a não ser desencanto e decepção.

Somente uma postura é remédio contra a avalanche de sentimentos contraditórios e impressões que vivenciamos no turbilhão da vida moderna: manter a serenidade. Sermos seremos, além de profilaxia adequadíssima aos nossos dias, constitui também terapêutica para os problemas já instalados em nosso mundo íntimo, e também representa o mapa para nos guiar por caminhos mais seguros nas trilhas da vida.

Sejamos serenos. A vida pode não ser fácil, mas bem vivida é um tesouro imensurável, que vale a pena aprender a conquistar.

(autor: Joamar Zanolini Nazareth)

sábado, 25 de janeiro de 2014

Há espírito vinculado ao embrião congelado?

Há espírito vinculado ao embrião congelado?


Reinaldo M. Macedo

Introdução
Elaborar nosso estudo só foi possível graças aos trabalhos anteriores de diferentes estudiosos e autores atuantes do Movimento Espírita, por meio de seus esforços em artigos, livros, seminários e palestras, conforme consta da Bibliografia citada ao final do mesmo, sem o que não teríamos como absorver o pouco que conseguimos.
O assunto é muito moderno e polêmico, sendo motivo de discussões sobre ética e moralidade pelas várias religiões existentes no Planeta.
Para um estudo um pouco mais aprofundado, levaríamos em torno de 2 ou 3 horas, precisaríamos do uso de retro-projetor, computador, projeção de imagem em tela, e até contar, preferencialmente, com a presença de um palestrante médico espírita conceituado (como tivemos a oportunidade de conhecer o Dr. José Henrique Rubim, ao participarmos do último Seminário 2005 da AME-RIO - Associação Médico Espírita do Rio de Janeiro, o qual, exercitando o ensinamentos do Evangelho de Jesus, nos ajuda a tirar a candeia debaixo do alqueire, pois gentilmente disponibilizou o fruto do seu trabalho para nos auxiliar a elaborar o nosso estudo) e, mesmo assim, somente iríamos nos aproximar discretamente do entendimento desse assunto.
Mas hoje, objetivamos estudar especificamente o “embrião congelado” no que se refere ao seu uso, em vista da discussão da existência ou não de espírito vinculado ao mesmo, pois, nesse caso, poderia até estar sendo praticado um assassinato ao se utilizar esse embrião.
Sendo assim, tentaremos ao máximo fazer uma síntese dos estudos que selecionamos e pesquisamos, buscando ajudar a esclarecer o tema em questão no tempo estabelecido para nossa reunião.
Nossa intenção aqui é esclarecer um pouco sobre o assunto e não fazer afirmações veementes em nome da Doutrina Espírita. O tema ainda está sendo alvo de análises e, no máximo, daremos num ou noutro aspecto uma opinião pessoal logicamente passível de modificação a partir de outros melhores entendimentos a que venhamos ter acesso.
Aproveitamos para nos congratularmos com a Administração de nossa Casa Espírita, na pessoa de nossa Presidente aqui presente, por abrir espaço e escolher um tema tão moderno para estudo público, pois a “verdade precisa caminhar” e é preciso apoiar os fundamentos da nossa Doutrina Espírita na Ciência para que nossa fé possa estar apoiada na inteligência que Deus nos deu para evoluirmos, conforme nos ensina Kardec quando deixou para nossa reflexão no Livro "Obras Póstumas" que “a fé para ser inabalável precisa encarar a razão em todas as época da Humanidade”.

Pesquisando em "O Livro dos Espíritos"...
344 - Em que momento a alma se une ao corpo?
“A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento”.
356 - Entre os natimortos alguns haverá que não tenham sido destinados à encarnação de Espíritos?
“Alguns há, efetivamente, a cujos corpos nunca nenhum Espírito esteve destinado. Nada tinha que se efetuar para eles. Tais crianças então só vêm por seus pais.”
136-a - Pode o corpo existir sem a alma?
“Pode...”    “... A vida orgânica pode animar um corpo sem alma, mas a alma não pode habitar um corpo privado de vida orgânica.”
136-b - Que seria o nosso corpo, se não tivesse alma?
“Simples massa de carne sem inteligência, tudo o que quiserdes, exceto um homem.”
353 – Não estando completa a união do Espírito ao corpo, não estando definitivamente consumada, senão depois do nascimento, poder-se-á considerar o feto como dotado de alma?
O espírito que vai animar existe, de certo modo, fora dele. O feto não tem pois propriamente falando, uma alma, visto que a encarnação está apenas em via de operar-se. Acha-se, entretanto, ligado à alma que virá a possuir”.
132 – Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
“Deus impõe a reencarnação como missão para alguns e expiação para outros.”
264 – Que é que dirige o Espírito na escolha das provas que queira sofrer?
“...O espírito escolhe suas expiações...”
Comentários de Kardec a Perg. 568:
- As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade;
- O Espírito se adianta conforme à maneira pela qual desempenha a sua tarefa.
570 – Os Espíritos percebem sempre os desígnios que lhes compete executar?
“Não, existem muitos espíritos que são instrumentos cegos e outros sabem muito bem com que fim atuam...”
572 – A missão de um Espírito lhe é imposta, ou depende de sua vontade?
Na resposta, os espíritos reafirmam que os espíritos pedem missões e ficam felizes quando as recebem.
573 – Em que consiste a missão dos Espíritos encarnados?
“A missão dos espíritos encarnados consiste em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso”. E também que “Ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da Providência. Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.”
348 - Sabe o Espírito, previamente, que o corpo de sua escolha não tem probabilidade de viver?
“Sabe-o algumas vezes...”
345 - É definitiva a união do Espírito com o corpo desde o momento da concepção? Durante esta primeira fase, poderia o Espírito renunciar a habitar o corpo que lhe está destinado?
“É definitiva a união, no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo. Mas, como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu. Em tal caso, porém, a criança não vinga.”
No livro "Dias Gloriosos", o espírito de Joanna de Ângelis nos diz que “para fugirem de seus perseguidores podem ser levados a "estagiar" nestes embriões congelados, passando por um período de dormência, período este em que estariam livres das perseguições obsessoras e em fase preparatória para um possível retorno ao orbe”.
Ela, sabendo da importância dessas pesquisas, ressalta ainda dizendo: "... Verdadeira bênção, o transplante de órgãos concede oportunidade de prosseguimento da existência física, na condição de moratória, através da qual o Espírito continua o périplo orgânico."
Não podemos deixar de reconhecer que, conforme diz Joanna, “o corpo físico é a máquina divina que o Senhor nos empresta para a confecção de nossa felicidade na Terra”.
Paralelamente, conforme consta do estudo de escritor, articulista e palestrante espírita Jorge Luiz Hessen, “não podemos desconsiderar também que os mentores espirituais, especialistas da área, são inteligentes o suficiente para saberem que tal ou qual óvulo será ou não destinado a produção de células-tronco para fins terapêuticos, e, portanto, que nenhum espírito deverá estar ligado a ele. Se não for assim, estaremos atribuindo tudo à imprevisibilidade do “acaso”...
Outra verdade é que não podemos permanecer na ignorância e a ciência tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou.
Kardec ensina que nos instruímos pela força das coisas e nos lembra que: “As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram nas idéias pouco a pouco; germinam durante séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações”.

Pesquisando no Livro "Genética Além da Biologia", de Eurípedes Kühl
O embrião manipulado em laboratório pode ter duas destinações:
- Reprodutiva - fertilização assistida (nos casos de casais inférteis);
- Pesquisas Laboratoriais - para produção de células-tronco para fins terapêuticos.
Se admitirmos que haja um Espírito vinculado ao embrião que é congelado, seja para futura reencarnção ou para pesquisa, poderemos aventar algumas hipóteses que justifiquem tal condição do Espírito que está ali, todas desconfortáveis e porque não até dizer causadoras de sofrimentos:
1) Um voluntário, que se ofereceu para auxiliar no progresso da Ciência terrena, por ser dela devedor em vidas passadas (essa condição o obrigará ao mutismo e às reflexões para um ajustamento futuro, o que lhe será benéfico);
2) Um semi-morto (aqueles que padecem de um sono mais pesado, conforme o livro Nosso Lar – Cap.27 - André Luiz);
3) Um paralítico (qual o feto da espiritualidade, conforme o livro “Os Mensageiros” – Cap. 22 - André Luiz);
4) Um ovóide - que está mergulhado no mal, que passou pela “2ª morte” e assim ficou passando a ser hóspede de outro espírito (conforme o livro “Libertação” – Cap. 6 - André Luiz);
Deduzimos que a transferência de alguns espíritos nessas condições para embriões congelados poderá representar um primeiro passo para uma futura reencarnação com maiores chances de sucesso, uma vez que permaneceriam “num quase sono”, que seria um vestibular para a gestação, similar ao descrito na pergunta 351 de "O Livro dos Espíritos".
 
5) Um espírito que durante suas existências amealhou inúmeros inimigos, por causa do seu grande poder ou procedimentos cruéis, podendo ter causado milhares de vítimas que agora o perseguem obstinadamente com propósitos vingativos. Se for colocado num embrião congelado, isso lhe proporcionará abrigo (esconderijo). Quanto mais tempo ali ficar, maior a chance dos perseguidores irem evoluindo e abandonarem a idéia de vingança ou, no mínimo, reencarnarem, o que servirá de trégua temporária, o que será uma bênção fabulosa da misericórdia divina. O que confere com o que Joanna de Ângelis disse no livro "Dias Gloriosos".

Um pouquinho sobre Clonagem...
Há quem imagine que seja possível obter-se através da clonagem indivíduos em série, com habilidades específicas, como soldados "programados" ou legiões de gênios para desenvolvimento de tecnologias.
O Espiritismo aponta a necessidade da discussão sobre a ética de tais experimentos, mas não receia este tipo de resultados, posto que os espíritos são individuais, sendo seus corpos físicos vestimentas temporárias.
Não podemos duvidar da integridade moral de um Francisco de Assis, mesmo que o vestissem com a farda de um Hitler. Certamente viveria e pensaria como Francisco, a despeito da roupa que usasse.
Outro ponto, freqüentemente levantado pelas religiões acerca deste assunto, é a proibição do homem em manipular as leis que regem a vida, que seria atribuição exclusiva de Deus.
Também neste aspecto, a Doutrina Espírita sai na frente, pois apresenta o homem como co-criador a quem o Pai confia responsabilidades à medida que seu conhecimento e moralidade se aprimoram.
Confirmando esta posição de Deus, com relação ao progresso da Ciência, observemos que os bebês de proveta, nascidos da fecundação "in vitro", têm uma alma e esta alma não foi ligada a este corpo pelos profissionais em reprodução humana que propiciaram a "concepção" deste ser.
A famosa ovelha Dolly também tem um princípio espiritual, muito menos desenvolvido que a alma humana, mas que também foi acoplado ao seu embrião-clone por Deus.
Além desses pontos de reflexão, devemos lembrar ainda que os cientistas não criam o embrião humano ou animal, eles somente unem as partes constituintes da vida material (espermatozóide, óvulo) e ainda assim inserem o “ovo” resultante num útero.
As discussões sobre a ética da clonagem são necessárias, mas não devem roubar a atenção sobre questões muito importantes e urgentes acerca da manipulação desastrosa do homem sobre a natureza, como o aborto, a extinção de espécies, o comprometimento de gerações inteiras pela fome de justiça e educação, de respeito e de amor.
A clonagem trará muitos benefícios para a produção de alimentos e remédios, culturas de tecidos para transplante e conhecimento sobre o envelhecimento e doenças como o câncer, contribuindo para um mundo mais feliz.
Depende, no entanto, do nosso desenvolvimento moral, para que essa evolução não seja apenas tecnológica e que seu uso venha a garantir a ascensão da humanidade para novos rumos, em busca da Luz e do Bem Maior.
Por sua vez, objeto de inúmeras publicações recentes, científicas e leigas, o estudo das células-tronco oferece renovadora esperança no controle de doenças que afligem a Humanidade. No entanto, a utilização definitiva das células-tronco necessita ser submetida, como está sendo, ao crivo de séria discussão de natureza ética.
Nós espíritas, em especial, devemos adotar com relação a esse assunto uma conduta prudente, compatível com as orientações doutrinárias do Espiritismo e do Evangelho de Jesus, perante as informações que nos chegam de diferentes fontes.

Um pouquinho sobre Célula-Tronco: O que é?
É um tipo de célula que tem a propriedade de se diferenciar, ou seja, de se multiplicar e formar diferentes tecidos no organismo, enquanto que as demais células geralmente só podem fazer parte de um tecido específico.
Outra capacidade especial das células-tronco é a auto-replicação, ou seja, elas podem gerar cópias idênticas de si mesmas.
Exemplos: Células da pele, do cérebro, dos ossos, do coração e dos músculos. Tratamento de doenças até hoje incuráveis, como câncer (a leucemia inclusive), lesões na coluna (problemas de paralisia), tratamentos para doenças neuro-degenerativas, danos no coração, entre outras (Alzheimer, Parkinson, Miocardiopatia Dilatada, etc.)
Métodos de Coleta das Células-Tronco
Alguns métodos de coleta das células-tronco não geram polêmicas ético-religiosas, como a coleta pelo cordão umbilical ou da medula óssea do próprio paciente.
A polêmica surge quando se trata da retirada de células-tronco de embriões, pois isso implicaria na destruição deles.
O uso de células-tronco retiradas de embriões humanos - geralmente descartados em clínicas de reprodução assistida - enfrenta sérias resistências em vários países. Muitos consideram estes embriões como seres vivos, pois caracterizam a vida a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozóide.
Por isso, argumenta-se que o extermínio desses embriões é tão criminoso quanto o aborto, uma vez que acaba com uma forma de vida, inclusive porque embriões e fetos provenientes de abortos seriam fontes para a coleta desse material.
Mas as células-tronco podem ser encontradas mais comumente em duas regiões do corpo: na medula óssea e no sangue do cordão umbilical, que permanece na placenta após o nascimento do bebê.
E elas podem ser uma alternativa, por exemplo, para os casos de leucemia, em que o transplante de medula óssea nem sempre pode ser realizado, embora hoje em dia já seja um procedimento de sucesso.
Já com o sangue do cordão umbilical congelado, as células-tronco ficam disponíveis para serem usadas em casos como o que acabamos de mencionar em, pelo menos, 15 anos após a coleta, embora alguns estudos já considerem a possibilidade de sua estocagem por até 50 anos.
Obs: Fica evidente que se quizermos formar uma opinião mais lúcida a respeito de clonagem, embriões e células-tronco, precisamos compreender no mínimo as importantes diferenças nos métodos de coleta de células-tronco e do seu emprego efetivo, através de estudos sérios e dedicados utilizando fontes confiáveis, observando o assunto de forma global e, submetendo-nos humildemente a críticas construtivas e, como espíritas que somos, enfocarmos nossos estudos à luz do Evangelho de Jesus, calcados na Doutrina Espírita. Por isso, é recomendável que tenhamos uma conduta prudente.
Além dessas vantagens, quando as células-tronco provêm da medula óssea do próprio paciente, não há risco de rejeição.
Entretanto, cabe dizer que a aplicação imediata ainda não está tão perto. Elas são uma promessa de melhoria e cura, não um “milagre”, como se o paciente fosse soltar a muleta e sair andando de repente.
Por enquanto, sobram esperanças e faltam pesquisas que, embora aceleradas, ainda estão num estágio inicial.
Células-tronco no Brasil
O governo federal lançou dia 20 de abril de 2005 o primeiro edital que permitirá o financiamento de pesquisas com células-tronco no país, para o desenvolvimento de projetos de pesquisas básicas (experimentações in vitro), pré-clínicas (experimentos com animais) e clínicas (experimentos em seres humanos) que tenham o objetivo de desenvolver procedimentos inovadores em terapia celular.
Poderão ser pesquisadas: células-tronco adultas da medula óssea e do cordão umbilical e células-tronco embrionárias (incluídas no edital por causa da Lei de Biossegurança).
Com aprovação da Lei de Biossegurança, os cientistas do Brasil estão autorizados a realizar pesquisas em células-tronco embrionárias que, sem dúvida, é uma das mais promissores áreas da medicina na atualidade. Mas as pesquisas com células-tronco só poderão ser realizadas se elas forem obtidas através de fertilização in vitro e que já estiverem congeladas há mais de três anos.
O Ministério da Saúde anunciou a implantação no país da rede BrasilCord, um banco de sangue público de cordões umbilicais (retirados de cordão umbilical de recém-nascidos)

Um pouquinho sobre Clonagem terapêutica
Clonagem (Dicionário Michaelis): Introdução de um fragmento do material genético de uma célula em outra, a qual passa a conter e multiplicar a informação genética contida nesse fragmento introduzido; engenharia genética.
Muitas pessoas pensam que a clonagem serve apenas para a criação de cópias de seres humanos. Entretanto, vários cientistas a vêem como uma possibilidade de cura para diversas doenças que atualmente não podem ser tratadas. Trata-se da tão falada clonagem terapêutica.
Esse processo consiste em obter um embrião da pessoa doente por meio da clonagem e retirar as células-tronco dele.
Como já dissemos, essas células têm potencial para se transformar em qualquer tipo de célula adulta do nosso corpo, como, por exemplo, células cardíacas ou nervosas.
Assim, elas poderiam ser estimuladas a se transformar no mesmo tipo de célula que estão lesadas no organismo do doente. Por exemplo: uma pessoa com leucemia que necessitasse de um transplante de medula seria clonada, dando origem a um embrião, do qual seriam retiradas células-tronco.
Dessa forma, a pessoa seria doadora para si mesma, sem correr o risco de que seu organismo viesse a rejeitar o transplante, pois as células utilizadas seriam retiradas de seu clone, que apresentaria a mesma constituição genética que ela.
Com o sangue do cordão umbilical congelado, as células-tronco ficam disponíveis para necessidades futuras, como no caso do surgimento de doenças, durante pelo menos 15 anos após a coleta. Além dessa vantagem, não há risco de rejeição quando essas células forem implantadas no paciente, uma vez que elas foram retiradas dele mesmo.
Mas ainda existe uma séria e relevante discussão envolvendo a técnica: embriões teriam de ser sacrificados em prol da vida do doente. Muitas pessoas no mundo inteiro se manifestam contra esse procedimento, alegando que, se o embrião não tivesse seu desenvolvimento interrompido, uma pessoa nasceria. Isso é comparar essa forma de clonagem a um aborto.
Por outro lado, muitas pessoas portadoras de doenças genéticas ou lesões medulares que impedem a locomoção defendem essa técnica porque enxergam nela a única possibilidade de cura definitiva atualmente conhecida.

Fechamento
O conhecimento científico não pode tratar o homem como um meio, mas como um fim em si mesmo. Estamos diante de uma questão de princípios fundamentais:
1) devemos respeitar a vida humana em qualquer circunstância;
2) todos os seres humanos devem ter os mesmos direitos;
3) a vida humana começa no momento da fecundação.
Ainda não dispomos de meios seguros de afirmar sobre a existência ou não de vinculação de espíritos a embriões congelados e a partir daí tomar decisões sobre seu emprego na medicina. Mas é preciso não confundir isso com o emprego de células-tronco adultas.
Existem interpretações conflitantes e dúbias, mas neste ponto lembramos Kardec no livro "Obras Póstumas", no capítulo sobre a Constituição do Espiritismo, quando nos disse que a Doutrina se modificaria no ponto exato em que algo seja confirmado como verdade, se ela assim já não o considere.
Acreditamos, e a espiritualidade superior nos ensina repetidamente, que enquanto tecnologicamente a ciência caminha a passos largos, espiritualmente, apenas engatinha. Nossa vida aqui é uma pálida imitação da vida no plano espiritual.
A reprodução do corpo humano certamente passará por mudanças consideráveis ao longo dos próximos séculos, por isso não devemos nos surpreender com os avanços da clonagem do corpo humano e mesmo com as gestações em ambientes extra-uterinos.
Toda tecnologia nova gera polêmicas. Dentre os argumentos dos que se opõem à técnica terapêutica com células-tronco está o temor de que se vai gerar um comércio de óvulos e embriões. A ser factível essa realidade, vamos estagnar a ciência? Se fosse assim não haveriam tomógrafos eletrônicos, radioterapia, ressuscitador cardíaco... É preciso refletir e muito...
Mas nenhum desses avanços substituirá os planos reencarnatórios das criaturas. Portanto, não importa a maneira como voltamos a este plano e sim a jornada que teremos que percorrer, pois o corpo é um conjunto de células formadas basicamente de carbono, hidrogênio e oxigênio (matéria), mas que só existem se tiverem vida.
Temos certeza que a Ciência aprenderá a lidar melhor com as técnicas que envolvem a clonagem, tornando-a mais simples e segura. Quanto à sua disseminação, disso também temos certeza, que sempre dependerá dos programas da Espiritualidade Superior.
Quem dá vida à célula é o espírito, que ensina a cada molécula da célula qual é o seu papel.
Kardec deixou bem claro que o Espiritismo caminharia com a Ciência. Não há por que opor-se às suas conquistas, porquanto nada é descoberto ou desenvolvido sem o consentimento de Deus.
Aos que ainda pensam que o homem tenta subverter, lembramos que “O corpo vem do corpo, mas o espírito vem de Deus”.
Subverter a ordem divina é causar ou permitir a existência de crianças subnutridas, de cidades bombardeadas, de atos terroristas, de doentes sem tratamento, de trabalhadores sem emprego, do aborto provocado deliberadamente. Subverter a ordem divina é ter mais do que o necessário e fazer das conquistas materiais o motivo da vida. É não amar ao próximo como a nós mesmos.
Toda oportunidade de reencarnação é aproveitada pelos organizadores do plano maior. Cremos que assim seja, tanto num breve contato com a matéria, como nos abortamentos precoces naturais, quer seja por meio dos embriões congelados que aguardarão seu destino nos tanques de nitrogênio líquido por muito tempo.
Nós que temos acesso a essa Doutrina, ao mesmo tempo racional e fraterna, não podemos nos deixar envolver por posicionamentos dogmáticos do religiosismo fundamentalista que supere a razão e o discernimento, de que já somos medianamente dotados, para entravar uma Lei Natural e Divina que é a Lei do Progresso.
Nada que acontece é por acaso. E não cai uma folha sequer de uma árvore se não for da vontade de Deus, nosso Criador, causa primária de todas as coisas...
Muita Saúde e Muita Paz!

Bibliografia
- Livro dos Espíritos – Allan Kardec;
- Livro Dias Gloriosos – Divaldo P. Franco / Joanna de Ângelis;
- Livro Genética Além da Biologia – Eurípedes Kühl (Editora Fonte Viva);
- Seminário da AME-RIO – Células-Tronco na Visão Espírita - Dr. José Henrique Rubim (estudo gentilmente cedido pelo próprio);
- Artigo – Cientistas Estariam Subvertendo a Ordem Divina ao Manipular Células-Tronco Embrionárias? - Jorge Luiz Hessen – Escritor, Articulista e Palestrante – Nosso companheiro do Espiritismo.net;
- Artigo - A polêmica do Uso de Células-Tronco - Oswaldo Magalhães Rodrigues;
- Palestra feita por Divaldo P. Franco na 52ª Semana Espírita de Vitória da Conquista – set/2005;
- Reformador – abril/2005 – Artigo “Em dia com o Espiritismo I” – Marta Antunes Moura;
- Reformador – julho/2005 – Artigo “Em dia com o Espiritismo II” – Marta Antunes Moura;
- Reformador – dez/2004 – Em dia com o Espiritismo - Célula-tronco – Marta Antunes Moura;
- RIE – Revista Internacional de Espiritismo - abr/2005 – Embriões congelados: Espíritos ligados por até 12 anos – Alexandre Fontes da Fonseca e Alvaro Vannucci;
- RIE – Revista Internacional de Espiritismo - jul/2005 – Mitos e Verdades Sobre Células-Tronco – Décio Iandoli Jr.;
- Artigo - Internet - Espiritismo e Clonagem Humana - Gilberto Schoereder e Alex Alprim;
- Artigo - Internet - A Clonagem Humana - Pedro Gregori (Médico Ginecologista);
- Artigo - Internet - Clonagem - Richard Simonetti;
- Artigo - Internet - Alvorada do Mundo de Regeneração - Orson Peter Carrara;
- Artigo - Do Leproestigma ao Clone Estigmatizado (Enfoque microbiológico) - Luiz Carlos Formiga;
- Artigo - Doação de Órgãos e Transplantes - Eurípedes Kühl;
- Artigo - Clonagem, Espírito e Ciência - Alex Alprim;
- Artigo - O Clone Tem Alma? - Marlene Nobre;
- Artigo - Clonagem - Um Problema ou uma Solução? - Jornal Mundo Espírita, de Agosto de 1997 – Maringá-PR - Carmem Lúcia M. S. C. Rocha;
- Jornal Correio Fraterno – A Questão dos Embriões Sob a Ótica Espírita - edição de mai-jun/2005 – Doris Madeira Gandres.


(Autor: Reinaldo M. Macedo)

Qual sua opinião? - ingratidão

Oi, Turma.
Conversávamos em uma lanchonete, quando uma pessoa falando sobre familiares dizia que ela tinha feito muito, mas havia se cansado de receber só ingratidão e, diante de receber só a ingratidão, preferiu se afastar.
E, aí? De que forma podemos entender a ingratidão?
Vocês acham que devemos nos cansar dela e por isso nos afastar do convívio familiar e social por causa dela?
Aguardamos vocês!
Beijos e abraços,

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

NOSSO MUNDO ÍNTIMO

      NOSSO MUNDO ÍNTIMO


 


Redação do Momento Espírita

 

    Não há quem de nós não traga na alma tormentos e dificuldades a serem vencidas.

     No processo natural de aprendizado e de crescimento, a cada vida que iniciamos aqui na Terra, a cada vez que renascemos, trazemos os recursos que a alma adquiriu em outras experiências vividas.

     É natural que, nessa herança que a alma possui, tenhamos valores positivos e negativos, virtudes e paixões, na complexa estrutura de nossa intimidade emocional.

     Nenhum de nós pode se considerar eleito do Senhor, ou proprietário de dons divinos concedidos gratuitamente, por cujas conquistas nada fizemos.

     Somos apenas o resultado das nossas opções, felizes ou nem tanto, feitas ao longo das jornadas já vividas.

     A realidade moral e emocional que pulula em nosso mundo íntimo é a somatória de tudo o que já adquirimos.

     Analisando sob esse aspecto, compreendemos que é a nós mesmos, ao nosso mundo íntimo, que devemos imputar a responsabilidade das dificuldades e dos problemas, das dores e dos desafios que enfrentamos.

     O que nos difere uns dos outros é apenas a maneira como lidamos com a situação, com as emoções e as tendências que trouxemos para esta existência.

     Uma possibilidade é nos acreditarmos vítimas, cultivando a ideia de que nascemos de determinada forma e que assim iremos passar toda esta existência.

     Com tais pensamentos, engrossaremos as fileiras daqueles que pensam que o que trazemos em nossa intimidade é um fatalismo e, portanto, não há como mudar.

     Assumimos que apenas resta aprender a conviver conosco mesmos. Ante as dificuldades com nosso jeito de ser, não nos esforçamos para nos modificarmos.

     Nessa postura, não há como aproveitarmos os embates e oportunidades que a vida oferece como matéria de reflexão e aprendizado.

     Perdemos a chance de crescer com os reveses da vida. Não utilizamos a oportunidade para repensar valores, reorientar diretrizes, nos refazermos.

     Porém, há uma outra maneira de entendermos nosso mundo íntimo.

     Ao descobrirmos em nós valores e tendências que não nos agradam, ou que nos geram dificuldades, passarmos a lutar para modificá-los.

     Entendendo que a alma está em constante aprendizado, vermos as dores, desafios e problemas que nos chegam como convites e oportunidades de crescimento.

     A partir desse momento, passamos a investir na reflexão, na meditação e na análise de nossa intimidade.

     Começamos a tentar entender nossas ações e reações, analisando como fazer para nos tornarmos melhores.

     Tendo a Jesus como referência, partindo da sua proposta de amar a si mesmo e ao próximo como a lei maior da vida, vamos renovando nosso mundo íntimo.

     Aos poucos, substituímos as tendências perniciosas que ainda guardávamos, por valores nobres e de plenitude.

     Iremos, dessa forma, construindo o ser integral, pleno e em consonância com a proposta de felicidade que é o plano de Deus para nós.

     Investirmos em nós mesmos a fim de, no decurso da caminhada, irmos nos dando conta do quanto crescemos em qualidade, do quanto nos tornamos melhores.

     E, por isso, nos felicitarmos. Termos a alegria de verificar a superação de hábitos infelizes, de atos desagradáveis.

     Termos a certeza, enfim, de que estamos aproveitando muito bem a presente jornada reencarnatória.