quarta-feira, 11 de junho de 2014

Dependências…vamos refletir?!

Exercício:

"A princípio, grande parte dos compulsivos hesita em aceitar que a compulsão é algo que lhe pertence. Muitos ocupam o lugar de vítimas, acreditando que são possuídos pela compulsão, como se essa fosse uma estrangeira. Há aqueles que creditam à genética ou às predisposições instintivas a responsabilidade de tais atos. Em outras palavras, existe a crença de que o ato compulsivo é algo que ocorre de fora para dentro. Allan Kardec, na questão ..(?).., de "O Livro dos Espíritos", se não haveria empecilhos para o exercício do livre-arbítrio nos casos de predisposições instintivas. A resposta dos espíritos da codificação a Kardec diz que as predisposições instintivas fazem parte da bagagem espiritual do reencarnante, portanto trazidas antes de encarnar. Eles acrescentam que a expressão de tais tendências é diretamente relacionada ao grau de adiantamento espiritual."(Goulart, Elisa.Dependências e Espiritismo: pensamento, vontade e busca da verdade: agindo a mudança. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2005)

dependencias

 

Dependências

          Buscar a verdade é o único caminho que leva um dependente a agir no sentido de curar-se do nodoso mal da dependência.
          Mas o que faz uma pessoa tornar-se vítima de si mesma, criando um estado de dificuldades internas?


          Quase sempre, é um estado de espírito ensimesmado, criando uma atmosfera de autocomiseração que permita à pessoa que assim procede tentar dominar aquele que esteja a seu lado.
          Qualquer que seja o ângulo pelo qual se veja a questão, tem em vista alguém com o poder de dominar, sendo algoz, mais do que alguém que sofre pesada carga de emoções, como costumam asseverar os dependentes, geralmente.
          Por todos os ângulos da questão, nota-se que somente quando o ser busca autoconhecer-se(...)
          Conhecer-se, nesse caso, é o começo da libertação, pois o cativo das forças inferiores que deseja buscar o autoconhecimento começar a libertar-se da idéia do querer escravizar ao próximo e, a partir dessa conquista, buscará outras formas de viver mais agradáveis e menos onerosas para sua economia espiritual. Nessa busca, verá aquele que o acompanha não mais como um vassalo, mas, sim, alguém que, como ele mesmo, busca encontrar a chave que o levará à libertação.

Luís

(Trecho da mensagem psicográfica recebida pelo médium Altivo Carissimi Pamphiro, em 02/06/2005)
(Goulart, Elisa. Dependências e Espiritismo. Prefácio. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2005)

EXERCÍCIO 2:

REFLEXÃO I

Parte 01:

Fazer um portfólio (diário do processo diário de vivência e de que forma nele estamos nos desenvolvendo) - sugestão adaptada do livro "Espiritismo, Família e Dependências" - diário reflexivo sobre as questões propostas.

PARTE 02 : exercícios diversos

Objetivo: Percebermos em nós que não somos melhores e nem piores, apenas escolhemos objetos de compulsão diferentes. Com esta percepção, nos integrarmos na postura de que, de uma forma ou outra, somos dependentes e, a partir de então, trabalharmos não na postura de terceiros alheios ao processo da dependência, mas sim como vivenciadores do mesmo processo de recuperação.

Finalidade: Autoconhecimento; crescimento pessoal de cada um dos integrantes da equipe, educação dos sentimentos. Possibilitar o exercício efetivo do papel de colaboradores na prevenção do uso indevido de drogas e/ou momento de lidar com o uso indevido de drogas.

Nota : “(...) droga, que em nosso estudo se refere a todo e qualquer objeto de compulsão. Refere-se, portanto, ao álcool , às drogas , à comida, ou a qualquer objeto usado compulsivamente para anestesiar a dor.”(negrito nosso) (Goulart, Elisa.Viver sem drogas. Rio de Janeiro: Léon Denis – Gráfica e editora, 2008)

Alguns poucos trechos para algumas das muitas reflexões propostas:

“(...) compreendemos que os comportamentos compulsivos são peculiares à natureza psicológica dos habitantes de nosso planeta. A resposta psicológica às angústias, aos medos, às inibições e fraquezas se dá através de comportamentos dependentes, abrigados nas chamadas drogas de escolha, sejam elas químicas ou não. (...)”

“Ainda temos medos”

“A compreensão da ideia de Deus exigiu que aguçássemos nossa sensibilidade e tivéssemos mais aceitação sobre quem ainda somos e sobre nossa responsabilidade com a ambientação reencarnatória que vivenciamos...
Por que estamos nesta família?
Por que estamos nesta profissão?
Por que temos este filho?
Por que estamos com esta doença ou dificuldade?
Por fim, para podermos responder: como ser saudável? Como ser feliz?”

“A partir da compreensão do que é preciso mudar e da motivação para fazê-lo, focalizando a Educação dos Sentimentos para esta referida mudança”

“Não precisamos passar por nada sozinhos.”

“Não basta querer mudar, sendo necessário comprometer-se com a mudança e agir”

“Compreender que podemos viver sem grandes expectativas de acertar sempre ou de ser perfeitos”

“Aprender que o incontrolável pode ser cuidado, um de cada vez.”

“A segurança existe, mas precisa ser construída.”

“A recuperação do poder dentro de cada um de nós se manifesta e se imprime vencendo um receio de cada vez. É possível viver a recuperação por etapas.”

“Somos seres que não podemos tudo”

ð Pensamento e vontade = visão espírita – programação reencarnatória


 
 Exercício 01: verificação reflexiva. não automática.

Sugestão de questões:

Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Qual o gênero de prova que creio estar passando? O que tenho para aprender com minha família? O que tenho para aprender com meu trabalho? De que forma contribuo para que minha vida esteja do jeito que está? Como posso fazer para ser feliz?

Exercício 02: refletir na ideia de Deus. Busque um lugar tranquilo para refletir sobre a ideia de Deus. Inspire profundamente pelo nariz e expire pela boca (ao soltar o ar pela boca, faça-o como se estivesse soprando uma vela) repita esse exercício até que se sinta tranquilo. Limpe a mente, visualizando uma tela em branco. Mentalize seu amigo espiritual, peça ajuda para plasmar a ideia de Deus na sua tela menta. Perceba como você concebe Deus.

Reflexão a ser realizada: de que maneira Deus se apresentou para você? Foi fácil ou difícil plasmá-lo em sua tela mental? Por que a visualização se deu dessa forma? Como é seu relacionamento com Deus?

Obs: Não existe maneira certa ou errada de sentir Deus, o importante é perceber e aceitar como realmente o concebemos. A partir daí, é trabalharmos intimamente para nos aproximarmos Dele.

Exercício 03: Inventário de relacionamento paterno; materno; familiar – verifique, de forma perceptiva e real, o tipo de relacionamento que você mantém ou manteve. Descreva desde as lembranças da infância até o momento atual: aspectos físicos, lembranças, fatos marcantes positivos, fatos marcantes que magoaram, como é hoje o relacionamento e de que forma você se sentiu e sente a cada um deles.

Exercício 04: Quando sinto dor, dificuldade, tristeza, que tipo de recurso utilizo para anestesiá-la? Utilizo sempre este recurso? Reconheço nele uma compulsão?

Exercício 05: Enterro do Não consigo. – com base no texto do momento espírita (colocado abaixo)

Refletir e anotar cada "não consigo" que detectar em si mesmo. Dobrar a folha, colocá-la em uma caixa vazia. Preparar o “velório”, proferir seu discurso pessoal de adeus aos “não consigo”. Enterrá-los.


ENTERRO DO "NÃO CONSIGO"

Esta história foi contada por Chick Moorman, e aconteceu numa escola primária do estado de Michigan, Estados Unidos. Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia viveu uma experiência muito instrutiva, conforme ele mesmo narrou:

_ Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti. Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa, preenchendo uma folha de caderno com ideias e pensamentos. Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de "não consigo's".

"Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base."; "Não consigo fazer divisões longas com mais de três números."; "Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim."

_ Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo o que não conseguiam fazer.

"Não consigo fazer dez flexões."; "Não consigo comer um biscoito só."

A esta altura, a atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo e percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma lista de "não consigo's”.

Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas, voltei para o meu lugar e continuei minhas observações.

Os estudantes escreveram por mais dez minutos. A maioria encheu sua página. Alguns começaram outra. Depois de algum tempo os alunos foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da professora.

Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa, Donna acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram. E eu segui os alunos.

Logo à frente a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá. Depois seguiu para o pátio da escola, conduzindo os alunos até o canto mais distante do playground. Ali começaram a cavar. Iam enterrar seus "não consigo"! Quando a escavação terminou, a caixa de "não consigo's" foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra.

Trinta e uma crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém cavada.

Donna, então, proferiu louvores:

"Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar a memória do ‘não consigo’. Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de outros. Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública – escolas, prefeituras, assembleias legislativas e até mesmo na casa branca.

Providenciamos um local para o seu descanso final e uma lápide que contém seu epitáfio. Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs ‘eu consigo’, ‘eu vou’ e ‘eu vou imediatamente’.

Que ‘não consigo’ possa descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausência. Amém."

_ Ao escutar as orações entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a lição. A atividade era simbólica: uma metáfora da vida. O "não consigo" estava enterrado para sempre.

Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de volta à classe e promoveu uma festa.

Como parte da celebração, Donna recortou uma grande lápide de papelão e escreveu as palavras "não consigo" no topo, "descanse em paz" no centro, e a data embaixo.

A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna durante o resto do ano.

Nas raras ocasiões em que um aluno se esquecia e dizia "não consigo", Donna simplesmente apontava o cartaz descanse em paz. O aluno então se lembrava que "não consigo" estava morto e reformulava a frase.

Eu não era aluno de Donna. Ela era minha aluna. Ainda assim, naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela.

Agora, anos depois, sempre que ouço a frase "não consigo", vejo imagens daquele funeral da quarta série. Como os alunos, eu também me lembro de que "não consigo" está morto.

(Equipe de Redação do Momento Espírita com base em texto de Chick Moorman do livro Canja de Galinha para a alma Jack Canfield & Mark Victor Hansen, ed. Ediouro.)

Obs: os exercícios foram adaptados do livro Dependências e Espiritismo (Elisa Goulart), porque para serem fiéis aos propostos, necessário seria a leitura integral do livro.

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