Lazer
e entretenimento
Você já observou quantas alternativas de
entretenimento são oferecidas nos dias de hoje?
São
tantas as possibilidades que às vezes fica difícil a escolha.
Todavia,
se é verdade que a oferta é grande, não é menos verdade que nem sempre o
entretenimento atinge os objetivos a que se propõe.
O
entretenimento tem por objetivo divertir, trazer bem-estar, alegria,
descontração.
No
entanto, há que se perguntar porque as pessoas vão a esses locais de diversão e
se drogam, se embebedam, se tornam violentas, perdem o juízo, o bom senso.
É
de se perguntar porque as cidades litorâneas onde muitos passam as férias
geralmente se tornam, na “temporada”, estressantes, irritantes, cansativas,
sujas, barulhentas.
Será
que para se divertir é preciso perder o juízo?
Será
válido buscar, em nome do lazer, mecanismos de alienação da realidade, de fugas
variadas, de entorpecimento dos sentidos?
O
entretenimento deve trazer satisfação, paz íntima, contentamento. E tudo isso
só é possível com lucidez, com domínio da razão, com discernimento.
Quando
se opta pelo entorpecimento dos sentidos é sinal grave de que algo não está bem
e, por mais que se tente fingir diversão, não se consegue essa satisfação.
E,
nesse caso, as consequências podem ser ainda mais desastrosas.
O
indivíduo sai para se divertir e volta deprimido, insatisfeito, ansioso, quando
não cai nas malhas da violência, sempre à espreita dos descuidados...
É
importante refletir sobre essas questões que dizem respeito a todos nós.
É
preciso refletir sobre os propósitos que nos movem a buscar lazer,
divertimento, férias...
É
muito comum, em cidades litorâneas, no verão, o trânsito intenso e as buzinas
nervosas fazendo parecer que as pessoas estão ali contrariadas, cumprindo uma
penalidade.
As
crianças, no interior dos veículos, parecem assustadas, e não devem entender
como podem suas férias ser tão tumultuadas.
Talvez
algumas pessoas não se deem conta de que estão de férias. Que estão lá para
obter satisfação, tranquilidade, paz, e não para competir no trânsito,
irritando-se e irritando os outros.
Outras
desejam levar para esses locais de lazer o seu “barulho particular”, com o qual
estão acostumadas.
Falam
alto, ouvem música mais alto ainda, como se o mundo fosse feito só para elas, e
todas as demais pessoas devam se submeter aos seus gostos e desgostos.
Quando
isso acontece, o lazer se converte em perturbação generalizada e causa um
efeito totalmente oposto ao esperado.
Por todas essas razões,
vale a pena pensar nos propósitos que nos movem a buscar o entretenimento.
E, mais importante, vale
lembrar que vivemos num mundo em que precisamos respeitar aqueles que dividem o
espaço conosco.
Se não for assim, para
que serve o entretenimento?
Pense
nisso!
Lembre-se
que as pessoas que buscam o lazer têm os mesmos direitos que você, e todos têm
o dever de contribuir para o bem geral.
Lembre-se,
ainda, que o seu direito termina onde começa o direito do outro.
Respeitar
esse direito é o mínimo que se espera de uma sociedade civilizada.
Pense
nisso, e tenha uma boa diversão!
Equipe
de redação do Momento Espírita, sob inspiração de conferência de J. Raul
Teixeira, no dia 12/12/2004, no Clube Morgenau, Curitiba-PR.
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