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EESE – Cap. XXIV – Itens 6 a 8
Tema: Observai os pássaros do céu
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A - Texto de Apoio:
6. Não acumuleis tesouros na Terra, onde a ferrugem e os
vermes os comem e onde os ladrões os desenterram e roubam; - acumulai tesouros
no céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes os comem; - porquanto, onde está o
vosso tesouro aí está também o vosso coração.
Eis por que vos digo: Não vos inquieteis por saber onde achareis o
que comer para sustento da vossa vida, nem de onde tirareis vestes para cobrir
o vosso corpo. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as
vestes?
Observai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam
em celeiros; mas, vosso Pai celestial os alimenta. Não sois muito mais do que
eles? - e qual, dentre vós, o que pode, com todos os seus esforços, aumentar de
um côvado a sua estatura?
Por que, também, vos inquietais pelo vestuário? Observai como
crescem os lírios dos campos: não trabalham, nem fiam; - entretanto, eu vos declaro
que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. - Ora,
se Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira a erva dos campos, que existe
hoje e amanhã será lançada na fornalha, quanto maior cuidado não terá em vos
vestir, ó homens de pouca fé!
Não vos inquieteis, pois, dizendo: Que comeremos? ou: que
beberemos? ou: de que nos vestiremos? - como fazem os pagãos, que andam à
procura de todas essas coisas; porque vosso Pai sabe que tendes necessidades
delas.
Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, que todas
essas coisas vos serão dadas de acréscimo. - Assim, pois, não vos ponhais
inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada
dia basta o seu mal. (S. MATEUS, cap. VI, vv. 19 a 21 e 25 a 34.)
7. Interpretadas à letra, essas palavras seriam a negação de toda
previdência, de todo trabalho e, conseguintemente, de todo progresso. Com
semelhante princípio, o homem limitar-se-ia a esperar passivamente. Suas forças
físicas e intelectuais conservar-se-iam inativas. Se tal fora a sua condição
normal na Terra, jamais houvera ele saído do estado primitivo e, se dessa
condição fizesse ele a sua lei para a atualidade, só lhe caberia viver sem
fazer coisa alguma. Não pode ter sido esse o pensamento de Jesus, pois estaria
em contradição com o que disse de outras vezes, com as próprias leis da
Natureza. Deus criou o homem sem vestes e sem abrigo, mas deu-lhe a
inteligência para fabricá-los. (Cap. XIV, nº 6; cap. XXV, nº 2.)
Não se deve, portanto, ver, nessas palavras, mais do que uma
poética alegoria da Providência, que nunca deixa ao abandono os que nela
confiam, querendo, todavia, que esses, por seu lado, trabalhem. Se ela nem
sempre acode com um auxílio material, inspira as ideias com que se encontram os
meios de sair da dificuldade. (Cap. XXVII, nº 8.)
Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, como for necessário.
O homem, porém, insaciável nos seus desejos, nem sempre sabe contentar-se com o
que tem: o necessário não lhe basta; reclama o supérfluo. A Providência, então,
o deixa entregue a si mesmo. Frequentemente, ele se torna infeliz por culpa sua
e por haver desatendido à voz que por intermédio da consciência o advertia.
Nesses casos, Deus fá-lo sofrer as consequências, a fim de que lhe sirvam de
lição para o futuro. (Cap. V, nº 4.)
8. A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus
habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça,
de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade
reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o
momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada
um terá o necessário. O rico, então, considerar-se-á como um que possui grande
quantidade de sementes; se as espalhar, elas produzirão pelo cêntuplo para si e
para os outros; se, entretanto, comer sozinho as sementes, se as desperdiçar e
deixar se perca o excedente do que haja comido, nada produzirão, e não haverá o
bastante para todos. Se as amontoar no seu celeiro, os vermes as devorarão. Daí
o haver Jesus dito: "Não acumuleis tesouros na Terra, pois que são
perecíveis; acumulai-os no céu, onde são eternos." Em outros termos: não
ligueis aos bens materiais mais importância do que aos espirituais e sabei sacrificar
os primeiros aos segundos. (Cap. XVI, nº 7 e seguintes.)
A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se urna e
outra não estiverem no coração, o egoísmo aí sempre imperará. Cabe ao
Espiritismo fazê-las penetrar nele..
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 - O que são os tesouros da terra e os tesouros do céu?
2 - A fé é suficiente para prover as nossas necessidades, como
vestir, comer, beber, etc?
3 - Como age a Providência para nos dotar daquilo que
necessitamos?
4 - Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais
gostou e justifique.
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