domingo, 22 de fevereiro de 2009

Artigo: O Mundo Atual e a Doutrina Espírita

O Mundo Atual e a Doutrina Espírita


Diante de tantas misérias e violências por vezes nos sentimos desestimulados a observar e acreditar que a bondade e a felicidade façam parte do mundo que vivemos.


Mas, quando nos tornamos observadores mais atentos, verificamos que a desordem é apenas aparente, que, na realidade, a beleza não está somente nas flores, mas também nas pessoas e em seus gestos.


Alguns, ao lerem essas palavras, irão considerar que o mundo que vejo é utópico. Entretanto, lhes afirmo que estou falando do nosso amado planeta Terra. Planeta este que nos acolheu em sua magnitude e esplendor.


E o que faz o meu olhar voltar-se para as belezas sem me perder pelo caminho senão a doutrina espírita. Que, além de consolar, nos trás esperanças e alegrias no viver.


Sem a presença do consolador prometido jamais poderia compreender a justiça das leis divinas, não poderia compreender que somente pela pluralidade das existências que a justiça de Deus pode ser entendida. E que nunca teremos dissabores na vida senão para o nosso crescimento como espíritos.


Espíritos Imortais! Somos todos nós e, quando nossa visão se abre para essa verdade, o equilíbrio e a tranquilidade passam a habitar nossos corações e mentes.


Ter a certeza que nossos afetos não se perdem com a separação por meio da morte do corpo físico nos estimula a amar cada vez mais na existência.


Entender que somos herdeiros de nós mesmos nos faz desejar ser criaturas melhores dia-a-dia.


Saber que jamais seremos vítimas diante das agressões que recebemos da vida nos impulsiona a conquista do amar incondicionalmente nossos irmãos em caminhada.


Perdão! Ah! como somos felizes quando o exercemos e fazemos isso! Porque compreendemos que somente em seu exercício conquistaremos o maior bem do espírito, que é a paz.
Quando vemos fenecer o corpo físico dos nossos irmãos em Humanidade pela ausência do básico para a manutenção de sua sobrevivência, crianças morrendo em tenra idade como conseqüência das guerras promovidas pelo próprio homem, seres belos e únicos se suicidando pela fome de amor muitas vezes nos questionamos sobre a infinita bondade e amor de Deus por nós.


Mas, paremos um instante e pensemos. Por que Deus nos permite essas vivências? Senão para nosso despertar, para que tenhamos gestos de afago e auxílio onde dantes jamais teríamos. Há quantos milênios vivemos somente para nós mesmos?


Em verdade, o amor que desejamos receber é o amor que deveremos sempre ofertar, lembrando o que nos diz a doutrina trazida por Jesus que deveríamos amar uns aos outros.


Certa feita, Madre Teresa, em suas caminhadas pelas ruas de Londres, nos disse que a fome que via no mundo não era a dos seus moribundos de Calcutá, mas sim a fome de amor ao ver que jovens perdiam suas vidas nos vícios e dissabores voluntários.
Por isso, quando pensarmos em mal dizer as leis divinas ou julgarmos as experiências que o mundo nos mostra. Pensemos qual é a nossa cota de auxílio no muito amar no mundo. Porque é isso que constantemente a doutrina nos mostra por meio de seus inúmeros ensinos.


Os espíritos nos orientam a todo instante a sermos seres melhores no lugar e no tempo em que vivemos. Mostram-nos a necessidade de termos a disciplina em nossos pensamentos, a fim de vibrarmos positivamente, pois o sinal que dermos ao mundo será o mesmo que o mundo nos ofertará. Uma vez que temos a lei das afinidades regendo nossas existências.


Comecemos no lar, ao lado dos nossos familiares, a cultivar sementes de paciência, tolerância e cuidado. Para que possamos um dia estender a todos os ambientes de nossas vivências.


Jesus nos mostrou a maior lição de amor quando na sua crucificação nos pede que o Pai nos perdoe porque não sabíamos o que fazíamos e ainda continuamos agindo da mesma forma que há 2000mil anos atrás. Por quê? Se hoje temos o consolador a nos orientar cada passo da existência?


O que precisamos é nos humildar diante de nós mesmos, para reconhecer nossas fraquezas e termos a coragem de enfrentá-las com a certeza que todos os nossos vícios se transformarão em virtudes.


Porque será na transformação de cada um que veremos verdadeiramente a melhoria da Humanidade.


Por isso, façamos, todos, a nossa parte como co-criadores do Pai.


(Iyanla Luiza Martins é jovem, membro da Equipe Espiritismo.Net e trabalhadora do CELD – Centro Espírita Léon Denis – RJ e do MEAL – Mocidade Espírita André Luiz, do CELD)

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