quarta-feira, 4 de março de 2009

Anotações de O E.S.E: Capítulo IX – Bem-Aventurados os que são brandos e pacíficos

ESE Capítulo IX – Bem-Aventurados os que são brandos e pacíficos


1) Texto ESE


2) texto: Pacifica sempre
Livro Palavras de Vida Eterna – Francisco Càndido Xavier por Emmanuel


3) Comentários


* Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência uma lei.

* Isso reforça o ensinamento de Jesus quanto à Lei de Amor e caridade.

* nos é ainda necessário os bens da terra para vivermos na terra, mas nos é necessário dar a importância devida a eles, não nos esquecendo, pois, da importância primordial dos bens do céu.

* nessa questão nos entra, então, a vivência da benevolência, da afabilidade, da doçura, da paciência, da obediência, da resignação contrapondo-nos à cólera e à violência.

* vemos no mundo material a lei do mais forte em termos de ações é que predomina, efetivando a exploração dos mais fracos. Onde muitas vezes aquele que demonstra ser pacifico acaba sendo esmagado pelo violento. E é o alerta quanto a tal situação que Jesus nos asseverou essa bem-aventurança.

* Ser afável e doce, predispõe a ser benevolente, educado, cortês, gentil. Mas os Espíritos Amigos nos alertam que tais ações muitas vezes o são apenas de forma exterior. No entanto, o sentimento interior que torna automática as ações é o que realmente tem validade, pois é o sentimento existente e real que irá tornar alguém verdadeiro em quaisquer circunstâncias: esteja sozinho, esteja em casa na convivência familiar, esteja em sociedade, na convivência coletiva.
Quantas vezes nós mesmos convivemos com situações de aparente afabilidade e doçura, não é? Muitas vezes verificamos pessoas cujas situações momentâneas são doces, cordiais, gentis e quando viram as costas a língua ferina, orgulhosa, crítica condena, fala mal, detona a pessoa e a situação vivida? Quantas pessoas cordiais que convivem de forma servil e doce no trabalho, na Casa Espírita, em templos religiosos, na sociedade, mas ao chegar em casa se torna o tirano, o autoritário, o sabe tudo, o cala a boca todos que quem manda sou eu, façam o que eu quero e ponto final? Situações assim demonstram a falsa afabilidade, falsa doçura, falso sentimento, que os espíritos amigos combatem aqui, nos alertando que é necessário o sentimento real, vivido e sentido intimamente, que nos dará a coerência da convivência conosco mesmo e com todos ao nosso redor sempre no mesmo patamar sem discrepâncias.

* Além disso, vem a paciência. Ah! A tal da paciência... O Evangelho Segundo o Espiritismo, um Espírito amigo, em Havre, 1862 nos esclarece que "a dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória do céu.
Sede pacientes, pois a paciência é também caridade e deveis praticar a lei da caridade, ensinada por Cristo e enviada por Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de todas. Mas há uma bem mais penosa, e consequentemente bem mais meritória, que é a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho, para serem os instrumentos de nossos sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência."
* A Paciência é uma das virtudes mais difíceis de serem alcançadas. Ela consiste em suportar dores, infortúnios, infelicidades, insatisfações, com resignação.
* a paciência é um subgrupo da caridade, que de todas é a mais dignificante das leis a serem cumpridas. * Não podemos jamais nos esquecer que a Caridade é sempre uma bênção de Deus mas jamais devemos nos ater de que o exercício desta virtude se restringe ao agasalho e ao pão que distribuamos. Podemos entender a caridade como todo ato a serviço dos outros, em qualquer parte, lembrando sempre de respeitar "o que a mão esquerda não veja o que faz a direita" para que esta caridade produza o nosso crescimento pois, não interessa a divulgação de um bom ato mas sim a sua efetivação . A Caridade será a paciência com o parente necessitado, respeitar com a mesma paciência as dificuldades dos vizinhos; a criança de rua, os problemas que nos visitam, as dificuldades que enfrentamos. Tendo a certeza de que não caminhamos sós e que cada vivencia que nos visita é a necessária ao nosso próprio crescimento espiritual

* É necessário que nos abasteçamos de muita paciência, dia a dia, minuto a minuto para sempre, com resignação, termos um sorriso amigo, a mão estendida o coração aberto para ajudar e amar o próximo. Ela é exercida pela compreensão, bondade, afabilidade, doçura, obediência e resignação e sempre é tempo de se pensar em exerce-la. Este exercício deve começar em nossa própria casa, com os que nos são próximos. No entanto, ainda estamos longe de realmente sentir e vivenciar a paciência real.
* depois da paciência, vemos dentro dessa bem-aventurança a obediência e a resignação; que muito confundida é com a inércia. Quando, em realidade, ser obediente e resignado pressupõe a utilização equilibrada do sentimento e da razão. É saber vivenciar os sacrifícios, as dificuldades, sem lamurias, mas com ações positivas e de amor. Tal como Jesus o fez. Obedeceu, resignou-se, mas agindo, trabalhando, exercitando a Lei de Amor.
* toda essa bem-aventurança nos remete, pois, à paz. À Vivência da paz. E a paz começa em nós, com a nossa compreensão, com os nossos sentimentos e com as nossas ações. Sem o sentimento de paz em nós, verificamos a explosão da cólera, a cólera que atinge a nós mesmos e expande-se para o coletivo: nossa família, nossa sociedade, nossa cidade, nosso estado, nosso país e atinge o mundo. Eis, pois, aí, a importância dessa bem-aventurança, nos orientando e auxiliando a alcançar em nós a mansuetude e a paz.
** música: a paz do mundo – Nando Cordel e finalizar com o texto do momento espírita a paz que trago no peito
(Anotações de estudo realizado na sala Espiritismo Net Jovem, no paltalk)
Texto Momento Espírita:
A paz que trago no peito
A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia...
Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.
Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
Ter paz é ter a consciência tranqüila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou...
Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.
Ter paz é ter um coração que ama...
Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que em suas águas se espreguiçam...
Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.
Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer...
Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade...
É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
A paz que hoje trago em meu peito é a tranqüilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos...
É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo.
É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra.
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.
A paz que hoje trago em meu peito é a confiança Naquele que criou e governa o Mundo...
A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a elas tiver oferecido.
* * *
Às vezes, para manter a paz que hoje mora em teu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio.
Lembra-te de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes.
Quando alguém está irritado.
Quando a maledicência te procura.
Quando a ofensa te golpeia.
Quando alguém se encoleriza.
Quando a crítica te fere.
Quando escutas uma calúnia.
Quando a ignorância te acusa.
Quando o orgulho te humilha.
Quando a vaidade te provoca.
O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.
Pense nisso!
(Redação do Momento Espírita, com utilização de algumas frases finais,retiradas de um texto de autoria ignorada.Em 14.01.2008. - http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=968&stat=3&palavras=paz&tipo=t)

Nenhum comentário:

Postar um comentário