sábado, 25 de abril de 2009

Artigo: Guerras: como o Espiritismo explica? - II

Guerras: como o Espiritismo explica?
Hoje, a sociedade se humanizou um pouco mais, embora em diferentes graus, que variam conforme a evolução já alcançada pelos diversos povos que a compõem. Mas ainda nos encontramos moralmente atrasados em comparação com a evolução intelectual alcançada. Assim, a predominância do mal, que caracteriza um mundo de provas e de expiações, impele os mais desenvolvidos intelectualmente e, em conseqüência mais fortes, a buscarem, cada vez mais, ampliar seus poderes em detrimento dos mais fracos.

As conseqüências de uma guerra somente são avaliadas em termos materiais. Estima-se o seu custo econômico e quantas vidas físicas serão ceifadas. Mas as conseqüências espirituais sequer são mencionadas, permanecendo ignoradas pela imensa maioria. O Espiritismo esclarece o quanto os danos materiais, que são passageiros, são ínfimos, se comparados ao custo espiritual que o indesejado acontecimento acarreta. Os seus responsáveis terão de suportar, no mundo espiritual e em encarnações futuras, os efeitos da lei de ação e reação que rege o Universo. Na questão 745 do Livro dos Espíritos, respondendo a Kardec sobre a responsabilidade daquele que suscita a guerra para proveito seu, os Espíritos ensinam que "grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição".

No livro "Nosso Lar", André Luiz relata a repercussão, na Colônia do mesmo nome, dos momentos que antecederam a eclosão da segunda guerra mundial. Toda a Colônia se mobilizou em preparativos para receber os espíritos que deixariam a carne em conseqüência do conflito, que, certamente, seriam em grande número, como de fato aconteceu. Do plano espiritual nos vem também a notícia de que muitos dos protagonistas daquele episódio, responsáveis por tantos sofrimentos, expiam suas faltas em regiões da África de absoluta miséria, onde têm de suportar uma existência penosa, sem nenhum tipo de facilidade, como forma de se reequilibrarem perante a Lei.

Portanto, segundo o Espiritismo, a guerra, longe de ser uma situação irreversível, é resultado de um estado passageiro da humanidade. À medida que o homem progride moralmente, ainda que de maneira lenta, pois a Natureza não dá saltos, as guerras tendem a se tornar menos freqüentes, porque ele passa a evitar as suas causas. Dia virá, certamente, em que ela estará totalmente banida do nosso meio, pois a humanidade se elevará e aprenderá a conviver com seus semelhantes, respeitando a Lei de Igualdade.

O ensinamento do Cristo, revivido e esclarecido pelo Espiritismo, é a bússula que nos levará a esse porto seguro. Quando todos conhecerem a a imortalidade do espírito, a realidade da vida futura, o processo da reencarnação e a justiça da lei de causa e efeito, o homem não mais provocará a guerra. Se os govenrantes já estivessem de posse do conhecimento dessas verdades, por certo agiriam de maneira diferente, pois temeriam as conseqüências de seus atos. Enquanto isso não acontece, continuemos fazendo a nossa parte, orando e trabalhando pela paz, rogando todos os dias à Espiritualidade Superior para que ilumine e apascente os homens, fazendo-os moderar suas ambições.
(Sérgio Rodrigues é membro das Equipes do CVDEE e do Espiritismo.Net)

Um comentário:

  1. "Muito legal o artigo!"
    Tb sou espirita...melhor estudante espirita, e gostei de sabe como o espiritismo explica isso das guerras...bjão

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