sábado, 8 de abril de 2017

Redes sociais aumentam sensação de solidão, diz estudo


Rede sociais estão fazendo com que nos sintamos mais solitários, aponta um estudo realizado por psicólogos americanos.
A pesquisa, publicada no Periódico Americano de Medicina Preventiva, aponta que acessar sites como Twitter, Facebook e Snapchat por mais de duas horas por dia dobra a probabilidade de alguém se sentir isolado.
Os cientistas argumentam que a exposição a representações idealizadas da vida de outras pessoas também faz com que sintamos inveja delas.
"Não sabemos o que veio antes - o uso de redes sociais ou a sensação de isolamento social", diz a coautora do estudo Elizabeth Miller, professora de Pediatria da Universidade de Pittsburgh.
"É possível que jovens adultos que se sentiam isolados socialmente recorreram às redes sociais. Mas pode ser que o uso cada vez mais intenso de mídia social levou eles a se sentirem isolados do mundo real."

Interações

Quase 2 mil adultos com idades entre 19 e 32 anos foram entrevistados quanto a seu uso de redes como Twitter, Facebook, Instagram, Pinterest, Snapchat e Tumblr.
O estudo sugere que quanto mais tempo uma pessoa fica online, menos tempo ela tem para interações no mundo real.
A navegação pelas redes sociais também pode despertar sentimentos de exclusão - inveja, por exemplo -, como quando se vê fotos de amigos se divertindo em eventos para os quais não se foi convidado.
"É importante estudar isso, porque há uma epidemia de problemas mentais e de isolamento social entre jovens adultos", afirma Brian Primack, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh.
"Somos criaturas sociais, mas a vida moderna tende a nos isolar em vez de nos aproximar. Apesar das redes sociais aparentemente criarem oportunidades de socialização, o estudo aponta que elas não têm o efeito que esperamos."
 
Notícia publicada na BBC Brasil, em 6 de março de 2017.

Claudia Sampaio* comenta

Vivemos no mundo dos excessos e aprender o equilíbrio da vida é um dos objetivos principais dos seres humanos. E como tudo nesta vida é relativo, o nosso comportamento é diretamente proporcional ao quanto de entendimento temos sobre determinada influência que sofremos.
O fato é que as redes sociais estão presentes no nosso cotidiano, vieram para ficar e estamos permitindo o desequilíbrio da sociedade. Já se começa o dia teclando e vivenciando um mundo rápido, instantâneo, com troca de um enorme volume de informações a cada instante.
Dominique Wolton, sociólogo da comunicação, em entrevista dada ao jornal GGN, denomina a comunicação por meio das redes sociais de “Solidão interativa” e continua nos esclarecendo: “Podemos passar horas, dias na internet e sermos incapazes de ter uma verdadeira relação humana com quem quer que seja.”
A também socióloga Sherry Turkle acredita que “Nós estamos colecionando amigos como selos, sem distinguir quantidade e qualidade, e trocando o sentido profundo e íntimo da amizade com a troca de fotos e conversas de chat. Uma situação é criada em que temos muitos amigos quando, na verdade, estamos sozinhos.”
O certo é que a solidão impera em muitas vidas e é absurdamente agravada pelo exagero do uso das redes sociais. Isto está nos afastando do que é realmente importante e, certamente, já colhemos amargos frutos dessa má relação. Há brigas familiares e entre amigos, separações, falta de contato físico, e, um crescente índice de suicídio.
É verdade que há um lado extraordinariamente positivo nesse meio virtual. Este site Espiritismo.net é uma importante ferramenta de interação positiva e auxílio fraterno para os internautas e mesmo alguns importantes acontecimentos mundiais tiveram intensa participação das redes sociais e parte da solução dos problemas foi derivada das atuações nelas. Aqui nota-se a importância de saber dosar o equilíbrio do uso desta importante forma de comunicação.
Faz-se, portanto, necessário o policiamento para não nos envolvermos em situações que não acrescentam qualquer virtude para nós mesmos. Devemos utilizar com bastante critério os três filtros ensinados por Sócrates, Mestre grego reconhecido por sua sabedoria, que viveu de 469 – 399 A.C.: Verdade, Bondade e Utilidade das nossas palavras e ações.
A Doutrina Espírita nos esclarece que nenhum ser humano fugirá à Lei da Evolução, mesmo que se esconda atrás de um disfarce. O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 8, nos orienta neste sentido: “É toda uma revolução moral que se realiza neste momento, sob a ação dos Espíritos. Depois de elaborada durante mais de dezoito séculos, ela chega ao momento de eclosão, e marcará uma nova era da humanidade. São fáceis de prever as suas consequências: ela deve produzir inevitáveis modificações nas relações sociais, contra o que ninguém poderá opor-se, porque elas estão nos desígnios de Deus e são o resultado da lei do progresso, que é uma lei de Deus.”
Assim, é muito importante que façamos a nossa parte na nossa história e não fiquemos parados no tempo. Que sejamos, nós mesmos, a mudança que tanto queremos no mundo, sendo fontes de boas notícias, de boas ações, de compartilhamento do amor, como nosso Mestre Jesus nos ensinou através das suas parábolas e do seu modo de viver.
Afinal, há algo mais confortante e gratificante do que sair do nosso mundo individual para adentrar no mundo do outro, olhando nos olhos e lhes falando: “Estou aqui, meu irmão de evolução, ao seu lado para crescermos juntos?”

Fontes de pesquisa:

 
* Claudia Sampaio é espírita e colaboradora do Espiritismo.net.

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