sexta-feira, 19 de maio de 2017

Conheça a física de 23 anos que é chamada de 'nova Einstein'

Aretha Yarak
Colaboração para o UOL

Aos 16 anos, Sabrina Pasterski se tornou a pessoa mais jovem a construir, certificar como aeronavegável e pilotar seu próprio avião. A então adolescente do subúrbio de Chicago, nos Estados Unidos, vinha de uma trajetória de sete anos em busca do seu sonho: começou a voar com 9 anos, com 10 comprou um carrinho de reconstrução, para treinar montar e desmontar um motor de avião, e aos 12 comprou um kit para construir seu próprio monomotor (ela chegou a fazer mais de 300 modificações no design original).
Foram dois anos dedicados ao avião, que ficou pronto em 2007, mas só pode ser pilotado por Sabrina em 2009.
Também em 2009, a adolescente se inscreveu para o MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das mais importantes instituições de ensino superior do mundo. Apesar do currículo invejável, ela foi recusada e entrou para a lista de espera. Um mês depois, foi a vez de Harvard rejeitar a norte-americana.
Mas a derrocada durou pouco. Com a ajuda de um Nobel do MIT, de um vencedor da medalha Guggenheim (importante condecoração da aeronáutica) e de um secretário aposentado da Força Aérea dos Estados Unidos, Sabrina foi convocada da lista de espera do MIT em maio de 2010.

Mulher em destaque

Em 2013, ela se tornou a primeira mulher em duas décadas a se formar entre os melhores da turma de física. E ela fez isso em três anos, e obteve a nota final máxima do MIT (5 de 5). Na sequência, Sabrina se qualificou com nota máxima para um PhD em Harvard. Impressionados com a sua mente e seu trabalho, seus professores a batizaram de a "nova Einstein".
O reconhecimento não para por aí. Sabrina já foi citada por Stephen Hawking em 2016, além de ter ganhado diversas premiações e bolsas de estudo, como a Hertz Foundation Fellow (2015) e o MIT Physics Rising Star (2016), e um convite para o encontro anual do Lindau Nobel Laureate (2016). Também foi escolhida como uma das 30 personalidades com menos de 30 anos pela revista americana Forbes na edição deste ano da premiação.

Ao lado de Hawkings e Einstein

Hoje, aos 23 anos, Sabrina segue um caminho bastante parecido com o que cientistas de peso, como os próprios Hawking e Einstein, fizeram no início de carreira. Ela estuda um dos assuntos mais complexos e desafiadores da física: buracos negros e a natureza da gravidade e do espaço-tempo.
Seu enfoque está na compreensão da gravidade quântica, área que procura explicar o fenômeno da gravidade dentro da mecânica quântica. Novas descobertas nessa área podem mudar muito nosso entendimento de como o universo funciona.
Aos pedidos de imprensa que batem à porta, Sabrina já tem uma resposta pronta (publicada em seu site pessoal Physicsgirl): "Sou apenas uma universitária. Tenho muito a aprender. Não mereço a atenção".
Ao declinar o pedido do UOL, a física reforçou: "Preciso realizar algo na física antes de dar mais entrevistas".
Notícias publicada no BOL Notícias, em 25 de março de 2017.

Claudia Sampaio* comenta

“A Humanidade progride por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e instruem. Quando estes preponderam pelo número, tomam à dianteira e arrastam os outros. De tempos a tempos, surgem no seio dela homens de gênio que lhe dão impulso: vêm depois, como instrumentos de Deus, os que têm autoridade e, nalguns anos, fazem-na adiantar-se de muitos séculos.” (Comentário de Allan Kardec sobre a questão 789 de O Livro dos Espíritos.)
“Homens de gênio” encarnam pelo mundo. Quem nunca ouviu ou leu algo sobre (só para citar alguns) Sócrates, Aristóteles, Kant, Dante, Mozart, Pascal, Chopin, Bacon, Bach, Beethoven, Rodin, Michelangelo, Renoir, Descartes, Voltaire, Hawking, Einstein?
Ultimamente, episódios de crianças com visíveis provas de genialidade são divulgados no mundo todo. É o caso da Sabrina Pasterski, a americana de 16 anos, referida na notícia em questão, como também o foram Ricardo Tadeu Cabral de Soares, Álvaro de Almeida, Cynthia Laus, Dafne Almazán, Kim Yong-Ung, Kevin Michael Kearney, Mikaela Irene Fudolig, March Tian Boedihardjo, Gregory R. Smith, Ruth Elke Lawrence, William Hamilton, dentre muitos outros “Homens de gênio”.
Para o psicólogo Howard Gardner, além das reconhecidas habilidades linguística e matemática, há outras seis formas de inteligência: espacial (mais presente em navegantes e engenheiros); corporal-cenestésica (desenvolvida em atletas ou dançarinos); interpessoal (representada pela capacidade de compreensão dos sentimentos do outro); intrapessoal (expressa pelo autoconhecimento); naturalística (referente à relação da pessoa com a natureza) e musical; todas as pessoas possuem cada um destes oito tipos de inteligência, embora cada tipo seja mais desenvolvido em algumas pessoas do que em outras. Ressalta ainda Gardner que todos os oito tipos têm a mesma importância e não há uma mais valiosa que a outra.
Destarte, em todas as épocas e em todas as áreas, verificamos o aparecimento de pessoas dotadas de uma inteligência acima do comum. Referimo-nos àquelas pessoas que encontram soluções, em pouco tempo e sem maiores dificuldades, mesmo sem ter estudado ou pesquisado sobre determinado assunto. Mas o que diferencia estas criaturas? O que as fazem mais notórias do que a maioria dos seres humanos? O que faz com que elas já nasçam acima da média?
Valendo-nos dos ensinamentos contidos em O Livro dos Espíritos sobre este tema, observamos a questão 219: “Qual é a origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que, sem estudo prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos, como as línguas, o cálculo etc.? — Lembrança do passado; progresso anterior da alma, mas do qual ela mesma não tem consciência. De onde queres que elas venham? Os corpos mudam, mas o Espírito não muda, embora troque a vestimenta.”
Também Léon Denis, em seu livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, nos aclara sobre a questão da reencarnação: “A alma não é feita de uma vez; a si mesma se faz, se constrói através dos tempos. Suas faculdades, suas qualidades, seus haveres intelectuais e morais, em vez de se perderem, capitalizam-se, aumentam, de século para século.”
Esclarece-nos, ainda, Jorge Hessen em seu artigo intituado “Superdotados, “miraculosa” predisposição biogenética ou reencarnação?” que “só a pluraridade das existências pode explicar a diversidade dos caracteres, a variedade das aptidões, a desproporção das qualidades morais, enfim, todas as desigualdades que a nossa vista alcança. Fora dessa lei, indagar-se-ia, inutilmente, por que certos homens possuem talento, sentimento nobres, aspirações elevadas, enquanto muitos outros só manifestam paixões e instintos grosseiros.”
E por fim, recordarmos do ensinamento do Nosso Amado Mestre Jesus a Nicodemos: “É necessário nascer de novo”, enfatizando que o objetivo da reencarnação é promover o progresso do Espírito, tanto no aspecto material, como no espiritual.

Fontes de pesquisa:

* Claudia Sampaio é espírita e colaboradora do Espiritismo.net.

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