quarta-feira, 11 de março de 2009

Comentário de filme: Busca Implacável (Taken)

Sinopse: Bryan Mills (Liam Neeson) é um ex-agente do governo, que deixou o emprego para que pudesse passar mais tempo com Kim (Maggie Grace), a filha que teve com sua ex-esposa Lenore (Famke Janssen). Ele passa então a trabalhar com antigos colegas, realizando serviços leves de segurança particular. Um dia Kim pede ao pai autorização para que viaje a Paris com uma amiga, a qual é negada pelo fato de que Bryan sabe bem os perigos que ela correria em um país estranho. Isto não a impede, fazendo a viagem assim mesmo. Só que o temor de Bryan se concretiza, já que logo após a chegada Kim e sua amiga desaparecem.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/busca-implacavel/busca-implacavel.asp

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Olá, pessoal!

O cinema nos apresentou recentemente o filme acima, que desperta nossa atenção para uma frase muito comum vinda dos pais de jovens: “eu confio em você, mas não confio no mundo.” Essa expressão traz alguns assuntos graves para nossas reflexões quando tratamos dessa fase de descoberta do mundo pelos jovens: a responsabilidade e confiança entre pais e filhos.

São muitas as situações na rotina social das cidades que podem expor os jovens a riscos. São festas (um aniversário, uma formatura, um churrasco...), baladas (um barzinho, uma danceteria, um show...), um passeio (cinema, um parque, um evento...), uma viagem (próxima ou distante)... Não há dúvidas de que desfrutar desses bons momentos com amigos é uma grande alegria, mas nem sempre as pessoas que cruzam nosso caminho são movidas pelas boas intenções. É importante ficarmos atento a isso.

Antes, para sair de casa e aproveitar um momento agradável, há uma rotina muito particular. Vejamos como acontecem as negociações:

- O convite: tal evento, tal dia, tal horário, em tal local. (Essa é imperdível!!!)
- Interrogatório dos responsáveis: Quem vai, como vai, como volta, que horas começa, que horas termina e o que vai acontecer? (Pensei que nunca acabaria com tantas perguntas...)
- A negociação com os pais: Argumentação, comparação com os pais dos amigos, choros, gritos, discussão, vontade de quebrar tudo e ir embora de casa... (Mas tudo deu certo e agora falta pouco.)
- Cláusulas da permissão: “Você vai se...” – Roupa, companhia, transporte, telefonema, comportamento, horários... (Meu Deus! Em que planeta eles vivem?!?!?)
- Permissão concedida: Voto de confiança, recomendações, responsabilidade assumida, tranquilidade para os pais... (Se tem que ser assim, né??)
- Análise das perdas da negociação: O que deixará de ser aproveitado se cumprir com essas ou aquelas determinações? (Não acredito que vou perder a melhor parte!)
- Manobras para contornar o “problema”: Uma estorinha, uma mentirinha, um segredo, um álibi... (O que os olhos não veem, o coração não sente...)
- Consequências das manobras: Cada caso é um caso, dependendo da experiência vivida. (A vida é bela, as pessoas são lindas e nada vai dar errado...)

Nesse breve roteiro, podemos pensar que tudo acontece de forma quase idêntica em praticamente todas as casas e com praticamente todas as famílias.

Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Voltando à sugestão do filme, os fatos mostrados na trama, embora fictícios, retratam... quando as coisas dão, realmente, errado, fogem do controle e o que era uma alegria garantida torna-se um verdadeiro inferno para todos, tudo por causa de uma simples quebra de confiança.

Uma das ideias da popular Lei de Murphy diz: “Tudo que pode dar errado vai dar errado.” Por incrível que pareça, isso é algo que realmente acontece.

Em casa temos nossa fortaleza. Convivemos com pessoas que se preocupam conosco e desejam sempre o melhor. Muitos pais dizem: “quando você tiver os seus filhos você vai entender”. De fato, trocando os papéis, temos uma visão diferente da mesma situação mostrando que sem confiança e responsabilidade nada se constrói no mundo. Além disso, a confiança é uma virtude que se constrói aos poucos, com o passar do tempo, com demonstrações de responsabilidade e respeito mútuos.

Portanto, na relação entre os pais e filhos é de fundamental importância que haja essa ponte ligando-os, acima dos laços físicos, coração com coração, mente com mente.
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Comentário por: André Luiz Rodrigues dos Santos: paulista, espírita desde 1991, militar e professor. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de Atendimento Fraterno, divulgação e estudos doutrinários no meio virtual.

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