sexta-feira, 13 de março de 2009

Vestibulares

1 – É enorme o contingente de adolescentes preparando-se para vestibulares, mas com dificuldade para escolher uma profissão. Por que isso acontece? Como pode o aluno saber o que programou ao reencarnar?

Nem sempre o Espírito é portador de programação detalhada, que envolva a profissão que vai exercitar. Isso deverá ser definido a partir de suas tendências e habilidades, no desdobramento das experiências humanas.

2 – Mas não há o Destino, o conjunto de forças que nos conduzem por determinados caminhos?

O Destino, envolvendo uma profissão, pode acontecer na base de intuições de benfeitores espirituais que assessoram seus pupilos. Ocorre que, com o exercício do livre-arbítrio, estes podem decidir diferente. Aliás, o grande desafio do Homem é justamente executar os projetos que elaborou na vida espiritual. As limitações impostas pelo corpo físico favorecem esses desvios. Jesus tem uma referência clássica a esse respeito (Mateus, 26:41): … na verdade, o Espírito está sempre pronto, mas a carne é fraca.

3 – Um exemplo:

O Espírito planeja ser médico. Reencarna filho de médicos e desde pequeno é estimulado, pelo próprio ambiente e pelas pressões de seu psiquismo, a estudar Medicina. No entanto, deixa-se dominar pela indolência e perde a oportunidade, optando por outra profissão que lhe exija menos disciplina, menos estudo. Segue caminho diferente.

4 – Nesse caso, houve um desvio de sua parte, comprometendo a existência?

Ele comprometeu parte do planejamento, o que não significa uma existência perdida. Pode desenvolver outra atividade profissional, compatível, também, com sua vocação, com suas tendências, transformando-se em excelente profissional. Vai depender sempre do exercício da vontade, atendendo ao livre-arbítrio.

5 – Pode dar-se o contrário? Não veio para ser médico e acaba seguindo esse caminho, por influência dos pais, que lhe asseguram uma faculdade particular, menos exigente no estudo e na aplicação.

Ocorre com frequência. Nessa condição situamos todos os profissionais que exercitam uma atividade para a qual não têm legítima vocação, visando apenas o interesse pecuniário. Dificilmente obterão sucesso, terão destaque.

6 – Geralmente, quando se fala em planejamento espiritual, envolvendo uma profissão, pensa-se logo em Medicina, Direito, Engenharia, Educação… E o trabalhador braçal, o operário, o comerciário?

O desempenho de uma atividade profissional mais simples pode indicar que não houve planejamento nesse particular, por razões da alçada dos mentores espirituais. Isso não significa que jamais ocorra. Alguém pode planejar ser bancário, funcionário público, operário ou trabalhador braçal, tendo em vista determinados compromissos.

7 – Você foi bancário, funcionário do Banco do Brasil. Acredita que planejou essa atividade profissional?

Tenho plena convicção disso. O Banco deu-me a retaguarda financeira e a segurança que me permitiram desenvolver atividades na seara espírita, sem maiores preocupações quanto à subsistência. Foi uma bênção.

8 – Que conselho você daria ao estudante em dificuldade para definir sua vocação?

Psicólogos podem ajudá-lo quanto ao seu perfil e o tipo de atividade compatível com suas habilidades, buscando definir o que planejou ao reencarnar. Há, também, cursos vocacionais muito eficientes nesse particular. Sobretudo, eu lembraria a recomendação inicial de Jesus no texto citado: vigiai e orai para não cairdes em tentação… Em todas as situações, a vigilância que eu traduziria por reflexão, um mergulho na intimidade de nossa alma, associada à oração que nos coloca em contato com a Espiritualidade, representam os melhores recursos para que façamos na Terra o que planejamos no Além.


(Contribuição de Richard Simonetti. Artigo contido no livro "Dúvidas e Impertinências", a ser lançado em Abril/2009 - site: www.richardsimonetti.com.br e CEAC - www.ceac.org.br)

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