segunda-feira, 8 de junho de 2009

Notícia: Adolescente coloca fogo no cabelo da professora em São José dos Campos (SP)

Um adolescente de 16 anos colocou fogo no cabelo de uma professora de 51 anos, na última segunda-feira (18), durante aula na Escola Estadual Joaquim Andrade Meirelles, no bairro Jardim Satélite, em São José dos Campos (97 km de São Paulo).

Segundo informações da SSP (Secretaria de Segurança Pública), a professora registrou um boletim de ocorrência contra o aluno na Delegacia da Criança e da Juventude. Em depoimento, ela relatou que estava sentada quando o adolescente riscou um fósforo atrás dela e colocou fogo em seu cabelo, queimando-o pela metade.

O aluno também foi ouvido pela polícia e afirmou que encontrou a caixa de fósforos na sala de aula e teria acendido um palito por brincadeira. Ele ainda afirmou que jogou para o lado o fósforo em chamas, mas que não tinha a intenção de atingir a professora, de acordo com a SSP.

O adolescente foi liberado e, segundo a secretaria, seus responsáveis se comprometeram em apresentá-lo na Vara da Infância e da Juventude.

Procurada pela Folha Online, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que o conselho da escola deve decidir que punição será aplicada ao aluno.

A secretaria ainda informou que o caso está sendo tratado como um acidente e destacou que o aluno --que é novo na escola-- está "envergonhado" pelo que aconteceu. A professora e o adolescente voltaram às aulas normalmente, segundo a secretaria.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u568760.shtml


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COMENTÁRIO

Independente das razões, das intenções, deste menino, o que salta aos meus olhos assustados de educadora é o desrespeito com o mestre - com os pais, com qualquer autoridade. As famílias desconstituídas (ou nem constituídas) de qualquer classe social não acolhem mais seus filhos, não lhes dão limites, não ensinam respeito - nem pelos outros, nem por si próprios - não lhes dão amor, nem afeto, nem abraço... e esperam que se tornem "gente"...

Meu coração se enche de compaixão por essas crianças abandonadas por quem garantiu que as ampararia, lhes mostraria o melhor caminho, lhes ajudaria a serem Espíritos melhorados.Compaixão também por esses pais que um dia terão que responder: O que fizestes do filho que te confiei?

Deixando um pouco de lado os sentimentos que nos provocam acontecimentos dessa ordem, e levando-se em conta que de tudo se pode tirar uma lição, um aprendizado, que reflexão poderíamos fazer a respeito desses comportamentos?

Atualmente existe uma grande preocupação social com a violência envolvendo jovens, que vem crescendo assustadoramente no Brasil e de um modo geral passou a fazer parte do nosso cotidiano; a sua presença tem sido constante em todos os espaços da sociedade brasileira, entre eles, as escolas, que eram antes consideradas um local seguro, hoje tem se transformado em palco para a prática de violência, sendo seus protagonistas alunos e professores.

Apesar desses fatos não ocorrerem constantemente, causam a impressão de que qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento no espaço escolar. É como se não houvesse mais um limite possível, forma-se uma tensão que toma conta do ambiente escolar, colocando todos em estado de alerta.

Quem pode mudar esse quadro de tensão?
Quem pode modificar essa situação?
Que mundo estamos construindo para nosso futuro?

Sabemos que vivemos, no momento atual, um período de transição, que "os tempos estão chegados" como época de seleção de valores, que, pela Lei de Progresso, a Terra caminha para "mundo regenerador" e aqueles que não forem dignos de aqui permanecerem, terão que deixá-la para não retardar o seu progresso.

Como, então, está sendo o nosso momento atual?
O que temos feito agora para melhor viver no tempo que virá?

O Espiritismo nos ensina que o presente está íntima e diretamente ligado ao que passou e ao que virá. Ensina-nos que o livre arbítrio de que somos dotados, é o grande definidor de nosso destino.
O nosso presente representa muito do nosso passado e do nosso futuro! Estamos perfeitamente informados que podemos alterar – para melhor ou para pior – os dias que vamos ainda vivenciar, na carne ou na vida espiritual.

Será, portanto, coerente, sabendo disso tudo, que continuemos a agir quais crianças irresponsáveis?

Comentário por: Eloci Mello, membro da Equipe do CVDEE

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