quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Palavra é sua: Trocando idéia 6 – “O jovem entre o ficar e o namorar”

Tema para trocarmos idéia: "O jovem entre o ficar e o namorar".

Continuando a idéia do a palavra é sua, para intercambiarmos conhecimento e entendimento, seguindo a linha do "Projeto Trocando Idéias", da FERGS, só que aqui na net, colocamos nosso quinto tema para trocarmos idéia, ok?!

Fica, então, aqui, o espaço para que a juventude comente o tema. E aguardamos vocês aumentarem essa lista, combinado?!

Vocês podem participar de duas formas:

1) Escrevendo pra nós através do email : blogjovem@cvdee.org.br, que receberemos e publicaremos a participação do seu conhecimento, idéia, artigo, etc sobre o assunto;

ou

2) clicando aí embaixo em comentários, e deixando sua participação.



O tema desta semana será:
“O jovem entre o ficar e o namorar”


Esperamos vocês!
Bjks!

7 comentários:

  1. Oi! Achamos um texto bem legal sobre 'o ficar'e colocaremos em duas ou três parte tá?
    Esperamos que seja uma reflexão boa para todos nós :) beijoss

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  2. O Ficar - parte 1

    O “ficar”

    De tempos em tempos, surgem determinados modismos: elementos materiais (roupas, acessórios,
    tatuagens, adereç os, alimentos, bebidas, lugares), ou, fac etas do c omportamento humano que desabroc ham,
    c ontagiando toda uma geraç ão.

    A bola da vez é o “fic ar”, uma espéc ie de envolvimento afetivo sem maiores c onseqüênc ias e/ou
    responsabilidades. Para uns, é ac ompanhado de c aríc ias mais íntimas e, até, de experiênc ias sexuais. Para outros,
    nem tanto...

    O elemento mais c arac terístic o, todavia, é a experimentaç ão. Ouvi, há pouc os dias, num ambiente
    públic o, duas garotas – que não deviam ter mais do que quatorze anos – c omentarem entre si sobre os garotos com
    quem tinham “fic ado” no último final de semana, numa festinha. Conversa vai, c onversa vem, e uma delas
    ponderou: “Pois é, sabe aquele moreninho c respinho que estava c omigo quando te vi?” E a outra: “O fulano?” E a
    primeira: “Ih, sei lá! Nem perguntei o nome dele...”

    Retrato desta geraç ão... No intuito de viverem o seu tempo, os jovens – sempre revoluc ionários e
    mutantes – lançam-se, muitas vezes, c om o fresc or de uma suave brisa em seus rostos, em direç ão ao abismo...

    Com a justific ativa íntima (às vezes, explic itada) de quererem c onhec er muitas pessoas antes de se
    “amarrarem” a alguém (c om ânimo definitivo), numa relaç ão c hamada estável ou duradoura, os jovens – c ada vez
    mais em tenra idade – ac abam banalizando os sentimentos, as desc obertas, as vivênc ias, tão nec essárias quanto
    valiosas. Olvidam seus próprios e reais quereres, porqueq u“em prova só por prov, aqruer provar semp ree, desta
    forma, não sabe como e quando dec idir pelo melhor”.

    Não estamos, aqui, reac ionariamente desejando que o jovem não se envolva afetivamente, esperando a
    idade adulta para enc ontrar a sua “c ara metade”. De jeito nenhum. Aliás, c ada um de nós – que já passou ou está
    passando por momentos de auto- c onhec imento na área dos sentimentos e sensaç ões (podemos, até, dizer que
    sempre estamos vivenc iando isto) – perc ebe as mudanças que o interesse por outrem provoc a em sua vida (íntima
    e soc ial). Com isso, lanç amo- nos na roda- viva dos relac ionamentos, c onhec endo novas pessoas, estreitando laç os
    e enc ontrando aquele (aquela) que nos enc anta, que nos c ompleta, que nos seduz.
    Mas, sair por aí, “fic ando” c om todo e qualquer um, já é uma exac erbaç ão dos sentidos. Não pode ser
    enc arado c omo c onduta natural, dentro da normalidade bio- psíquic a. Isto já é – perdoem- nos a franqueza –
    promisc uidade. Sim, porque o que importa para quem assim age é c onhec er este, aquele, e mais um, e mais outro...
    indefinidamente. O garoto ou a garota se c omprazem em dizer (para si mesmo e/ou para os c olegas), que já “fic ou”
    c om fulana, beltrana, sic rana... E, quando vai um pouquinho mais além – e, neste aspec to, o apelo da sensualidade
    leva às experiênc ias sexuais c ada vez mais prec oc es – vangloria- se da c onquista, entusiasma- se c om a vivênc ia,
    mas, c omo não respeita o sentimento dos outros, assim c omo nem os seus próprios, segue adiante, programando
    quem será o(a) próximo(a) e em que ponto a relaç ão será melhor, ou, digamos, diferente...

    Não queremos parec er extra- temporais, admitindo c riar um universo paralelo onde os jovens tenham um
    c omportamento “impec ável”, pois em assim sendo, estaríamos plasmando um mundo de gradaç ão perfeita (c eleste
    ou divino), ou estaríamos vivendo fora de nossa époc a. No entanto, em se falandoj odev ens espírita s– haja vista
    o manancial de c onhec imento disponível, mormente a nível de c iênc ia das leis divinas que regem os seres –
    admissível se torna esperar uma c onduta mais “equilibrada” – tanto no âmbito dos pensamentos, c omo no de
    palavras, mas, ac ima de tudo, no de atitudes.

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  3. o Ficar - parte 2

    O jovem espírita tem de ser diferente! Afinal, sabe qual é o objetivo desta existênc ia, tem em evidênc ia
    o c ódigo moral trazido pelo Cristo – entendendo que o respeito pelo semelhante é a c have da sua própria felic idade
    – e prec isa aproveitar esta feliz oportunidade enc arnatória para c redenc iar- se a c onstruir tudo de bom que lhe seja
    possível, ao passo em que irá reparar os erros pretéritos.

    Que este jovem, então, c onheç a outros jovens, vivenc iando os sentimentos, desc obrindo a si mesmo e
    ao outro, dividindo bons e maus momentos, c onhec endo c omo o outro é, o que ele gosta, quais suas virtudes e
    defeitos e até onde é possível c aminhar c onjunta e c onstrutivamente, pois tudo isto é – mais que um direito – um
    dever perante sua própria c onsc iênc ia espiritual.

    Assim sendo, passará por revezes e desilusões amorosas; c riará expec tativas em relaç ão ao outro, que
    se verão frustradas, talvez, num passo adiante; alimentará sentimentos que julga eternos, mas que se desmancham
    quando, no dia seguinte, esbarrar num desc onhec ido – ou, nem tanto – que lhe provoc ará uma revoluç ão interior,
    c apaz de lhe fazer novas (e eternas) juras de amor; se ac omodará, também, por já ter desc oberto aquele a quem
    ama, deixando, às vezes, de ser romântic o, prestativo, e, por isso mesmo, será substituído, no c oraç ão do outro,
    por uma nova paixão; verá ruir seus sonhos e c astelos de areia, ao desc obrir que aquele c om quem c onvive não é
    aquele semi- deus ou aquele anjo que pensava existir ao seu lado; e.. . tantas outras amargas desc obertas.. .

    Mas, também, vivenc iará o prazer dos pequenos momentos, do c onvívio harmonioso das idéias e das
    palavras; da satisfaç ão de fazer o outro feliz; de se ver pensando nele(a) o tempo todo; de preoc upar- se c om o
    outro; de querer estar mais perto, sempre; de enc ontrar alguém lhe esperando; de dividir os bons, mas, também, os
    maus momentos, os desabafos, as teimosias, de ter c onsolo, palavras amigas, de orientaç ão, apoio, bemquerência...

    Isto, meus amigos, só pode ser c onseguido c om c umplic idade. Que começa, c omo já dissemos, no
    respeito mútuo, de saber o que o outro realmente quer c onosc o, o que espera de nós, e c omo agiríamos nós se
    estivéssemos no lugar dele.. . Isto, aquele Amigo já nos disse: “fazei aos outros o que quereríeis que vos fizessem”.
    T al só é possível quando há convivência, que não se resume a uns pouc os (e tórridos) instantes.. .

    T odavia, algum jovem mais afoito até pode ponderar: “Mas, eu quero “fic ar” e ele (ela) também quer,
    isto é, nós dois sabemos o que queremos... Ninguém vai se machuc ar!”. Pergunto: “Será?” E se voc ê, jovem,
    mesmo antec ipadamente desejando apenas “fic ar”, desc obrir que ele (ela) é o seu c omplemento, para tornar a
    brinc adeira séria? Gostará de ser “desc artado” dali há alguns minutos?

    Pense.. .

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  4. O ficar - parte 3(final)

    Não estamos querendo viver o seu momento por voc ê! Apenas queremos – eu e voc ê que lê este texto,
    sobretudo voc ê adolesc ente – a sua, a nossa felic idade, sem roubar os seus desejos, sem vilipendiar a sua
    c onsc iênc ias, sem presc rever bulas orientativas que soem c omo ameaç as ou determinaç ões imperiosas. Não!
    Desejamos – isto sim – c onhec er- nos o máximo possível e, em nos c onhec endo, c onhec ermos o outro, o mundo,
    para dar passos seguros e c ertos em direç ão à Vida.
    Se voc ê entendeu a mensagem, substitua o “fic ar” pelo gostar, pelo c urtir,namorar, outro verbo
    tão gostoso e saudável, mas tão em desuso nos dias de hoje, quando muito pouc os querem saber de c ompromisso,
    de respeito aos sentimentos do outro, porque querem “aproveitar a vida”. Se soubessem, entretanto, que quem
    namora sério aproveita – e c omo – a vida, c ertamente mudariam de opinião.
    Ou voc ê ainda não experimentou?

    *Marcelo Henrique- Diretor de Política e Metodologias de Comunicação da Assoc iação Brasileira de Divulgadores do
    Espiritismo (ABRADE) e
    Coordenador de Grupos de Juventude e Mocidade Espíritas
    (fonte: http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/6_0555.pdf)

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