sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Alemanha julga dono de bar que fez garoto beber até a morte.

da Efe, em Berlim.

A Justiça alemã iniciou nesta quarta-feira processo contra um turco, dono de um bar em Berlim, por embebedar até a morte um adolescente de 16 anos, em uma competição para ver qual dos dois bebia mais.

Ele entrou em coma após tomar 45 taças de tequila e morreu um mês depois em um hospital da capital alemã, sem chegar sequer a despertar nesse período.

A Procuradoria de Berlim acusa o turco Aytac G., 28, proprietário do bar, de graves lesões físicas com consequência de morte, crime para o qual o Código Penal alemão prevê uma pena que pode variar de 3 a 15 anos de prisão.

"Foi errado o que fiz, sem nenhuma desculpa", disse hoje o acusado em uma declaração ao tribunal no início do processo, na qual acrescentou que nem esperava nem desejava a morte do adolescente.

A acusação assinala que o dono do bar convidou em fevereiro de 2007 a Lucas W., o adolescente então com 16 anos, a uma competição para ver qual dos dois conseguia beber mais álcool.

No entanto, enquanto servia ao adolescente um copo após outra de tequila, o dono do bar o enganava e só bebia água, até que Lucas perdeu a consciência, após ingerir pelo menos 45 copinhos da aguardente mexicana.

Após ser internado em um hospital em coma alcoólico, os médicos que atenderam a Lucas W. mediram uma concentração de 4,4 miligramas de álcool em seu sangue e não puderam evitar sua morte quatro semanas depois por envenenamento alcoólico.

O dono do bar, que foi preso pouco depois, também é acusado de servir álcool a menores em 173 outras ocasiões.

Dois jovens que trabalhavam no mesmo bar e ajudaram a seu dono na competição com Lucas W. foram condenados, há um ano, como cúmplices, e precisaram fazer um curso de ajuda social de dez meses.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u502218.shtml

*

COMENTÁRIO:

O que realmente ocorreu no bar? Os tempos mudaram, as civilizações progrediram e algumas coisas mudaram apenas em alguns aspectos.

O duelo que foi uma prática muito difundida em épocas anteriores, considerada como um costume bárbaro, foi realmente abolido de nossa sociedade? Talvez aquele duelo "romântico" tipo três mosqueteiros ou então estilo faroeste. Mas o duelo em si, continua?

O que ocorreu no bar, naquele dia foi um duelo, que gostamos de chamar de competição. Qual a diferença? A questão 759 , do O Livro dos Espíritos, de Allan kardec, dá uma dica valiosa:

"759. Qual o valor do que se chama o "ponto de honra" em matéria de duelo?
- Orgulho e vaidade, duas chagas da Humanidade."

Pode até ser que o dono do bar não tivesse a intensão de matar o rapaz, mas desejava o duelo, demosntrar ser melhor e ainda por cima não jogando limpo. Quem era mais orgulhoso, o homem que convidou ao duelo, ou o rapaz que aceitou para não parecer um covarde. Quantas vezes fazemos isto no nosso dia a dia? Quantas vezes reagimos, falamos ou fazemos algo apenas pensando nas aparências, para que os outros não pense menos de nós.

Nesta situação, houve um assassinato, talvez sem dolo é verdade, mas houve a intenção de prejudicar o rapaz e a consequência de tudo foi a sua morte. O que acontecerá agora, o dono do bar responderá pelo crime na justiça humana e divina, haverá de expiar a falta cometida.


Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de atendimento fraterno e notícias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário