quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Artigo: Sou Jovem Espírita

Sou Jovem Espírita


Certo dia estava em nossa mocidade discutindo sobre ser um jovem espírita na sociedade. E no meio de tantos desabafos e cartases descobrimos que não é fácil seguir o Cristo em nosso cotidiano onde muitos chamados para as vivências efêmeras se fazem presentes.


Muitas vezes nos sentimos fracos, pois ainda nossos vícios morais e imperfeições tentam falar mais alto diante do nosso dever como cristãos. Em determinadas ocasiões fazemos a escolha voltada para os ensinos do Evangelho não por bem-estar, mas, sobretudo pela consciência do nosso dever diante das leis divinas.


Precisamos buscar a coragem em nosso íntimo para entender e vivenciar o que o Cristo nos disse sobre separar pai de filhos, irmãos e amigos, uma vez que sentimos muitas vezes o desprezo daqueles que mais amamos aqui na Terra, simplesmente porque hoje já buscamos ser melhores vivenciando os ensinos do Nazareno.


Somos diversas vezes julgados e titulados de forma a tentarem minimizarem as virtudes que buscamos conquistar. Mas, jamais devemos esquecer que o Mestre não nos deixa órfãos e que todos aqueles que buscarem carregar a sua cruz e Segui-lo serão por Ele amparados.


Ser jovem e não viver a frivolidade no mundo é ter consciência que terá que vivenciar renúncias e por vezes abnegação. Isso ocorrerá de maneira mais dorida quando temos que deixar nossos afetos mais caros a caminharem em estradas distantes das nossas.


E por que agimos assim? Porque simplesmente sentimos a alegria e a paz quando temos o Cristo ao nosso lado.


O estímulo nos vem constantemente a nos incentivar a prosseguir na seara cristã por meio das orientações dos benfeitores espirituais, dos ensinos do Evangelho, o fortalecimento pela prece e o culto no lar.


Afinal, o Cristo não nos disse que não teríamos dificuldades ou mesmo que seria fácil, mas sim que valeria a pena Segui-lo.


Quando me lembro da decisão que Joana de Cusa fez quando seu filho lhe pede para abjurar o Cristo e o soldado lhe pergunta se foi a morrer que o Mestre lhe ensinou e ela nos fala que foi em verdade a muito a amá-lo. Sinto-me imensamente estimulada a seguir adiante deixando para trás muitas escolhas. Com a compreensão que a vida jamais cessa entendo que tudo nos é temporário. E que em breve todos estaremos de mãos dadas, já que cada um de nós terá o seu caminho de Damasco a despertar para os verdadeiros valores do espírito.


Afinal, todas as dores nos possibilitam crescimento. E em verdade quando recebemos a serenidade em nossos espíritos compreendemos que viver com Jesus é o nosso caminho.


Acolhimento, carinho, cuidado e ternura são o que encontramos no Mestre.


Se outrora estávamos diante do madeiro infamante pedindo a sua crucificação, hoje estendemos nossas mãos para o auxílio do nosso próximo, pois dia-a-dia compreendemos que somente poderemos ser felizes quando verdadeiramente proporcionarmos felicidade ao outro.


Aprendo na convivência com os jovens na mocidade que não estou sozinha nessa luta íntima. E vamos nos ajudando a vencer no mundo.


Seguir adiante sem esmorecimento é nossa tarefa constante.


Observo que a doutrina espírita se tornou fundamental na vida daqueles jovens que optaram por vivê-la. E creio nisso quando vejo alguns dizerem que se não fosse o nosso Consolador Prometido seriam delinqüentes no mundo.


Por isso, precisamos ser incentivadores do processo de educação moral e cristã que é a evangelização. Somente por meio desta que iremos desde cedo trabalhar nos espíritos suas potencialidades para o bem e o belo. Além de auxiliarmos nas conquistas de suas resistências morais. Entretanto, não podemos esquecer que este é um trabalho que nos pede paciência e dedicação, pois muitas vezes os resultados somente advirão quando na idade adulta.


E o jovem que hoje já colhe os resultados da evangelização é esse mesmo que evangeliza as crianças que chegam à casa espírita. O que nos mostra que os resultados acontecem. Basta que tenhamos a dedicação para cultivar as sementes que plantamos.


Ser jovem e ser espírita é ter a certeza que a felicidade é o nosso porto de desembarque.


Continuar a seguir as pegadas do Mestre como os cristãos da primeira hora é o nosso dever. Lembremo-nos sempre que no final da jornada Jesus nos espera de braços abertos a nos dizer: “Filho, vieste no seu tempo e Eu te aguardava, pois jamais Deixei de confiar e acreditar em ti”.


(Iyanla Luiza Martins. É jovem, membro da Equipe Espiritismo.Net, atuando no setor da infância e da juventude e trabalhadora do CELD – Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro e MEAL – Mocidade Espírita André Luiz, do CELD)

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